sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Poema de Ary dos Santos :

SONETO DO TRABALHO
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Das prensas dos martelos das bigornas
das foices dos arados das charruas
das alfaias dos cascos das dornas
é que nasce a canção que anda nas ruas.
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Um povo não é livre em águas mornas
não se abre a liberdade com gazuas
á força do teu braço é que transformas
as fábricas e as terras que são tuas
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Abre os olhos e vê. Sê vigilante
a reacção não passará diante
do teu punho fechado contra o medo.
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Levanta-te meu povo. Não é tarde.
Agora é que o mar canta é que o sol arde
pois quando o povo acorda é sempre cedo.
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Este poema que mantem toda a actualidade, foi retirado do livro "Vinte anos de poesia" do poeta comunista José Carlos Ary dos Santos


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