Poema:
BREVES
um céu aberto aos raios de luz ciciou verdades escondidas nas dobras dos livros, guardados no pó das bibliotecas.
soltaram-se letras dos versos de um poema.
um poeta transpunha a entrada da catedral. estendeu a mão e guardou, na ponta dos dedos, com a concha da mão, esse tesouro-a-voar -para -cair-no-chão.
chamaram-lhe louco!
a loucura riu-se …ajudou o poeta a compor um poema…deu-lhe as notas para a sinfonia imortal , que faria vibrar as colunas da catedral…
o poema refez-se e uma música universal exultou numa pauta de luz e sons, num anoitecer em que o mundo foi mensagem primordial.
a loucura inconsciente fugiu pelas pedras da calçada enevoada, habitualmente pisada pela ignorância consciente.
um velho sino tocou ao ouvir o poema ,que a Loucura ornou de lexemas…
flores de tessituras de ansiados temas vivem ,alojados ,na ideia-tema.
doeu…esta pedrada no charco!
o vento viu, ouviu, parou -ao-passar por uma cicatriz de luz…
Maria Elisa Rodrigues Ribeiro
SET/013
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