domingo, 25 de maio de 2014

POEMA: RESISTÊNCIA(II)








DA RESISTÊNCIA…(II)







. de sol e aço é a palavra que, nos dedos, faço, desfaço, refaço.





. cor de rio a deslizar,

é o poema ,

que ouso escrever na força lexemática de um tema impreciso-a-borbulhar-

uma sintagmática ordem,

que não posso respeitar.





Sujeito--------meu Predicado do Complemento directo que quero SER!





Procuro…

e a saudade vem sentar-se a meu lado, com vontade de- chorar- a -conversar…

…descobre-me numa persistente insistência desde que Nasci-para-Ser!





dias há, em que ponho as flores a um canto

e acendo velas a iluminar o pranto

das caravelas perdidas no alto-mar!





________________________Sou atlântica!_________________________





Tenho as mãos cheias de areias de outros cantos do mundo, onde o sonho foi cumprido nas águas do mar profundo,

porque “ Deus quer, o homem sonha, a obra nasce”.





Seguro nelas os cravos de Abril, sabor de caril no cano de uma espingarda

que disparou Liberdade,( bala tão amada ,

quanto odiada,)

palavra -sem -grades, inscrita

OUTRORA,

num jardim “ à beira -mar -plantado”.





____________________________Noite escura, parte o Poeta para a bruma…

____________________________e ilumina mensagens numa onda de espuma humana,

____________________________de um Outro barco-farol , soberana!









Maria Elisa Rodrigues Ribeiro

JAN/014 (REG)






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