Poema de E. M. de Mello e Castro (1932- ), através de WWW. estudioraposa.com
E. M. de Melo e Castro – “De repente”
10.01.2012 | Produção e voz: Luís Gaspar
e de repente a língua se liberta do peso que se teve.
água corre na água.
o corpo livre
e abrem- se os sentidos
no orgasmo da luz
ver e não ver
ouvir e não ouvir
tocar e não tocar
cheirar e não cheirar
sabor e não sabor
tudo é saber
da mesma forma o peso
do não peso
o dar do receber
a posse do poder
como se de repente
as mãos o peito
os pés as pernas
fossem sexos unidos
ou os sextos sentidos
somados divididos 1
no momento de vir.
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