segunda-feira, 7 de outubro de 2013

POEMA: AMOR-AMANTE















POEMA (REP.)

AMOR-AMANTE

Esquece-se o mundo…
Vive-se, embriagado, nas almofadas de nuvens…
Olha-se, com mais ternura, o desabrochar das flores…
Está-se mais atento ao leve torpor do crescer das folhas…
É mais brilhante e prateada, a Lua,
…e as estrelas têm novas cores…
Batem mais suavemente as areias do mar e
as ondas de espuma afagam , lentamente,
os pés enterrados no leito-areal…

As horas nunca mais passam…
Depois, passam depressa demais…

Dói o coração-sem-doer…
Deseja-se o Desejar…

Ama-se! e a alma não sabe que fazer…deixa andar e vai estando
-no-estar-a-Amar…

Os rios são mais fluidos e convidam a mergulhar
ali…onde os seixos areados são jóias de emoldurar…


Sob ventos adormecidos em madrugadas lunares
soltam-se ,do firmamento, rumores
de sílabas maceradas em calores de lava ardente,
descendo rugosas colinas no fragor de magma-crescente.

Suavemente,
penetram meus sentidos das palavras ciciadas Outrora,
no meio da tempestade de claridade de um-Agora
que nos aqueceu as mãos…

Depus em teu corpo,
na pele do Outono,
toda a infinda luz que habita meu íntimo trono!
Preciso de naufragar-em-ti…
…beber-te o sumo dos lábios…
…hidratar todo o meu ser com a água do teu mar,
sem nunca-Nunca!- aportar a qualquer incerto porto…

Maria Elisa R. Ribeiro


Marilisa Ribeiro-CQ16-FEV/013-(ERT)

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