quinta-feira, 17 de maio de 2012

POEMA: TOCA_ME A ALMA


TOCA-ME A ALMA…


Toca-me a alma…
Aperta as pálpebras e sobe à balança do meu querer-te…

Os astros cintilam no som verde das florestas
e ouvem a alegria das nossas gestas…
Ao encontro do teu azul desce meu mar de amor,
a ondular marés –cheias…

Nos grãos de areia estelar, deponho a face,
tela do coração em vibrante vermelho
a faiscar o encanto de te querer.

Ampara os muros por detrás do sol e deixa-me amanhecer-te!

Aponta teus dedos ao infinito do meu amar-te…
Canta-me aos ouvidos
os sons do entardecer-até-que-eu-te-saiba-ser!

Não oiças a brisa dos pinheiros
que não tocam músicas nos gritos silenciosos
da minha sinfonia!

Deixa que a poesia levante a voz
nos lexemas-paixão do meu hino de amor…

Nunca saberei escrever todas as palavras da noite
em orgasmo-luz…

Sopra-me no sangue o aroma das pétalas vermelhas
que acordam centelhas…

No firmamento, explodem astros a espalharem
raios de fulgor nos caminhos mágicos onde a seiva dos
álamos os reproduz…
Amo-te nesta poesia onde faltam palavras
que se perdem, entontecidas, na prata das águas do mar.

Murmuro-te sentidos…perdidos…a resvalar em aromas de prazer.
…mas permaneço o sulco do campo que tu não podes arar…

Toca-me a alma…
…com mãos delirantes de semeador
de searas ondulantes, ao som do calor.

Esta poesia vai seguindo, insaciável de ti,
ser planetário- em -processo -de -desfragmentação -de –MIM…



Marilisa Ribeiro-MAIO/012

2 comentários:

  1. Sinto o sabor de cada palavra, em cada verso, que potência há na explosão deste sentimento que emana mais que a alma pode expressar, desfragmentação do ser que vai muito além do que podemos imaginar!

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