sexta-feira, 4 de maio de 2012

POEMA: IMPÉRIO


IMPÉRIO


Verga-se meu corpo, na falta do teu…



Foge-me o solo de debaixo dos pés
pronto a explodir de dor
na minha saudade-de-fogo
vivida-no-teu- peito-mina –d’oiro, consumada…



A travessia do meu império dos sentidos acorda e relembra…



v Ateia-se uma chama-vulcão-fénix…



Meu espelho de palácio íntimo, de esplendorosa marginalidade,
viveste-o na tua natural sensualidade.
Fiz um futuro nos braços com que Me viveste
à força do teu sol que ardia, quando Te sentia…
Era a ter-me, tão lindo!o nosso anoitecer em Vénus…
E era um céu, atravessar a força do teu rio…



Ninguém percebia o prazer, nos traços do rosto que tu bebias…
Desaparecias nos braços onde desaguavas os teus oceanos de cansaço-descansado…


Uma tempestade de intenso magma sensorial
abala as minhas estruturas.



Incauto, não ouves as vozes dos ventos que se soltam das marés…
…que desviam rotas que-afastam-desejos-dos-rios-
-que se colam aos horizontes de fé…
…que extinguem o sol brumoso do rio
cujas margens se apagam, quando esfriam…



Conheço
ainda
de cor
o estalar da valsa de Chopin
que comigo dançaste
num louco rodopiar…

Permanece no ar aquela luz sobrenatural
que nos forçava a ressoar!


Extenuada de sonhar, adormeço-contra- teu-corpo-sem-ti!



A noite verga-se à ventania amarga, sem forças para se impor!



Um dia-prometo!-se o teu desmaio se ouvir nas asas do vento norte,
vou esperar-te junto ao mar,
naquela espuma leitosa que ainda –vive-no-tempo-do-nosso-AMAR,
presa da embriagante paixão do meu-DAR-ME…



Marilisa Ribeiro-FEV/012

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