CÉU-LEITO-DE-CONSTELAÇÕES
Prendem-se os raios de sol às paredes dos horizontes dos
céus …
_________________e o mar torna-se de um vermelho-dourado
_____________________espelhado nas ondas sobressaltadas.
Os peixes caminham para os olhos de água do profundo-do-mar.
As sereias nadam, escondendo a nudez na noite dos mistérios,
sedentas de ternuras.
A lua , sobressaltada, escolhe abrigar-se
nas vielas empedradas,
ao som de guitarras cansadas
que levam saudades aos cais das antigas caravelas.
Lua de Lisboa canta o Fado do destino
______________________há tanto traçado nas madeiras dos
pinhais
______________________plantados nas suas sete colinas.
O leito das constelações canta mudas canções de luz
nas escamas salgadas das ondas,
nos mares de flores dos jardins,
no vento que range nas folhas rasgando outras folhas
de outono, numa noite que reluz………………................
Deito-me numa cama de estrelas, com sonhos guardados em
caixas
de nebulosas…
…luzes esfarrapadas com cabelos de noite, desgrenhados…
E minha pele torna-se o lençol macio que te cobre o peito…
Meus dedos conhecem-te o jeito de incendiar…
Os olhos cerram-se ao canto dos pássaros e adormecem,
acordados,
no raiar de uma nova aurora.
As palavras ciciadas são o império que a beleza esconde,
……………………………………………………………………………………….sofregamente,
………………………………………………………………………………………..no mistério-da-HORA!
Um nevoeiro embuçado esconde a força das constelações,
que não vivem emoções de encantar.
Perde-se pelo caminho e abraça os bosques das pétalas de
jasmim
quando Eu-Sou-em-Ti, contigo-em-Mim…
E nossos sonhos do passado, iluminados de magma-vulcão,
desfolham poesia-paixão, numa lúrida noite de um viver
extenuado.
©Maria Elisa R. Ribeiro
Julho/019
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