quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

POEMA MEU ( obra REGªªªªª)

Poema " ESQUINAS", publicado na Antologia "VOAR NA POESIA".
ESQUINAS…
Pelas esquinas, vento fora pela noite dentro,
caminham madrugadas incendiadas pelos passos de turbulentas
estrelas cadentes.
Do mar salta o som da maresia impregnada de saudade,
batendo contra as margens em absoluta violência ,
indiferente às madrugadas que galgam distâncias…
Apossa-se do pensamento que já foi de naus altaneiras,
no sonho profundo dos tempos-idos, na proa das caravelas.
São tristes estas esquinas escuras,
madrugadoras de solidão
a cheirar
a vinho da escuridão das almas inquietas,
que não cumpriram metas…
Urge chamar as gaivotas com o seu grasnar
para o céu dos circuitos das esquinas angulares…
Elas cantam o Fado ferido de um som milenar
com cheiro a canelas de longínquos mares.
(Uma guitarra de cor pimenta dedilha acordes na manhã cinzenta…)
Esquinas da cidade…vielas vomitadas de tanta saudade…florestas de solidão disfarçadas--------------------------
rugido das ondas do rio zangado….............................
-----------------marulho do tempo dos antepassados a correr pelo mar, naufragados-----------------
[Vielas empedradas que levam ao cais
queixam-se, agora, de
novos-outros-AIS…]
Maria Elisa Ribeiro
-FEV/013-
A luminosidade da imagem significa a nossa procura da Verdade, por "vielas", "atalhos", "veredas estreitas e obscuras"

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