"2. Trump is on the record, repeatedly, saying he has no business ties in Russia."
"As minhas palavras têm memórias ____________das palavras com que me penso, e é sempre tenso _________o momento do mistério inquietante de me escrever"
sexta-feira, 30 de novembro de 2018
Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino
Pelo seus inalienáveis direitos nacionais
Assinala-se, a 29 de Novembro, o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino, instituído em 1977, pela Organização das Nações Unidas, para relembrar a aprovação, em 1947, pela Assembleia-Geral das Nações Unidas, da Resolução 181, que preconizou a divisão da Palestina em dois Estados - um árabe e um judeu - sendo que as cidades de Jerusalém e Belém permaneceriam 'zonas internacionais'.
Mais de sete décadas depois só o Estado de Israel existe, mantendo a ilegal ocupação de território pela força das armas, com o apoio ou conivência dos EUA e da UE.
Saliente-se, neste momento, a grave institucionalização de um autêntico regime de 'apartheid' em Israel, através da adopção da “lei do Estado-nação” que visa atingir os cidadãos israelitas de origem palestina, de uma nova e crescente agressão contra a população palestina na Faixa de Gaza ou da diminuição da ajuda aos refugiados palestinos decidida pelos EUA.
O povo palestino continua a resistir de forma abnegada à mais violenta opressão, para fazer respeitar os seus direitos, incluindo o de permanecer na sua terra.
A ilegal ocupação de territórios da Palestina por parte de Israel é responsável por incontáveis crimes e pela tentativa de, por todos os meios, esmagar o sentimento nacional palestino. No entanto, o sionismo falhou por completo neste propósito. O povo palestino demonstra uma heróica firmeza na defesa da sua pátria, apesar de milhares de palestinos terem, há muito, sido expulsos das suas terras. O sonho de um Estado palestino livre, independente e viável vive na resistência e luta diária do seu povo.
O Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) reafirma a sua solidariedade ao povo palestino e a sua determinação em prosseguir a acção de denúncia e condenação da ocupação sionista e dos seus crimes e pela exigência do respeito dos inalienáveis direitos do povo palestino.
O CPPC reafirma também a sua solidariedade com o Comité Palestino para a Paz e Solidariedade, assim como para com os que em Israel lutam por uma solução justa para a questão palestina e o respeito dos direitos do povo palestino, em particular o Comité de Paz e Solidariedade de Israel.
Para o CPPC, constituem exigências fundamentais e prementes o fim dos colonatos israelitas, do bloqueio a Gaza e do muro de separação impostos por Israel; a libertação dos presos políticos palestinos nas prisões israelitas; o fim da ocupação dos territórios da Palestina ilegalmente ocupados por Israel; a criação do Estado da Palestina nas fronteiras de 4 de Junho de 1967, com capital em Jerusalém Leste e o respeito pelo direito de regresso dos refugiados palestinos.
O CPPC considera que o Estado Português, em consonância com os valores inscritos na Constituição da República Portuguesa e na Carta das Nações Unidas, deve reconhecer e defender, incluindo nas instituições internacionais em que participa, os direitos do povo palestino e a criação do Estado da Palestina conforme as resoluções pertinentes das Nações Unidas e o Direito Internacional.
O CPPC apela à solidariedade com a Palestina e o seu povo, com a sua corajosa e persistente luta pelo seus inalienáveis direitos nacionais.
Direcção Nacional do CPPC
Poema REGººººººººººººººººººº!!!!!!!!!!!!!
Poema: OPALA
Ao acaso, passeio por uma praia enluarada,
onde búzios e conchas de âmbar percorrem
areias de um mar salgado,
matriz dos meus sentidos
atentos à tua estrela acordada…
( É linda a noite, quando as estrelas acordam!)
Perdi-me dos deuses neste areal-vida,
onde as marés rumorejam
perto das dunas adormecidas.
Não sinto nem a vida das vielas empedradas
das cidades-perdidas-fechadas
na humidade do velho cimento, emparedado.
( Sou, aqui, meu-centro-de-mim!)
Lágrimas de um deserto ao sol da lua------------------------------------------------
luar encoberto por nuvens cinzentas barulhentas
que ofuscam a cor das opalas do pensamento…
Meus passos mergulham nas escamas prateadas, agarradas às
espumas dos ventos de Outrora, nas horas cheias de lenços brancos
de prantos ensopados de “Adeus”!
Um farol…janela aberta na noite das rochas, dos mistérios,
dos pescadores de faluas…rotas nuas…
vestidas de redes entrelaçadas
em teias de peixe-pão…
( A noite dança nas suas luzes…)
O som desse bailado louco não me deixa
dançar-em-mim---------------------------------
A alegria perdeu-se nos orientes fantásticos das flores de jasmim,
num lago- sem-fim, onde os nenúfares sussurram a minha viagem
para ti…
Conjugo um verbo que mistura a Terra com o Ar do respirar-Fogo-
-na alma das Águas,
à procura da génese da minha-manhã-para-renascer!
Maria Elisa Ribeiro
NOV/012
Do Poeta Mia Couto
Amei-te sem saberes
No avesso das palavras
na contrária face
da minha solidão
eu te amei
e acariciei
o teu imperceptível crescer
como carne da lua
nos nocturnos lábios entreabertos
No avesso das palavras
na contrária face
da minha solidão
eu te amei
e acariciei
o teu imperceptível crescer
como carne da lua
nos nocturnos lábios entreabertos
E amei-te sem saberes
amei-te sem o saber
amando de te procurar
amando de te inventar
amei-te sem o saber
amando de te procurar
amando de te inventar
No contorno do fogo
desenhei o teu rosto
e para te reconhecer
mudei de corpo
troquei de noites
juntei crepúsculo e alvorada
desenhei o teu rosto
e para te reconhecer
mudei de corpo
troquei de noites
juntei crepúsculo e alvorada
Para me acostumar
à tua intermitente ausência
ensinei às timbilas
à tua intermitente ausência
ensinei às timbilas
a espera do silêncio
– Mia Couto, em “Raiz de Orvalho e outros poemas”. Lisboa: Editorial Caminho, 1999.
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