terça-feira, 3 de dezembro de 2013


partilhou o estado de Helena Freitas.(através da página do FACEBOOK do amigo Jorge Gonzaga)
30/11

"As democracias não podem operar em austeridade durante muito tempo. As pessoas votam uma vez ou duas se acham que a mudança está no virar da rua. Mas se essa viragem não ocorre, as pessoas perdem a confiança. E, ao perdê-la, olharão para quem lhes dê esperança, mesmo que as promessas sejam perigosas. A democracia mina-se a si própria por causa da austeridade. Abre o flanco a forças de reação"...

"No início dos anos 50, a economia alemã estava numa situação muito má. Valeu-lhe o perdão de 50% da dívida por parte dos credores, acordado numa conferência em Londres em 1953. O povo alemão deveria lembrar-se desse perdão e não é necessário ser-se católico para acreditar nisso, mas até ajuda".
Blyth gosta de citar o caso islandês na resposta à crise financeira de 2008. Apesar de ser um pequeníssimo país, o académico retira duas lições: "Quando se faz o contrário do que manda o livro de instruções, não só sobrevivemos, como até prosperamos. E sobretudo não resgatem os bancos, é a mensagem. De uma forma ou de outra, todos acabaremos em bancarrota, mas a única questão é que nível de sofrimento queremos de facto aceitar". ...

"Esta crise é uma crise bancária. O problema começa e termina com o sistema financeiro, apesar da camuflagem que foi feita, desviando a atenção dos bancos para os governos a partir de certa altura. Gerou-se um modelo de negócio, o de que o sector financeiro era demasiado grande para falir. Por isso, a crise bancária tem de ser paga pelos membros mais fracos da sociedade em benefício dos mais fortes. Isto é uma forma disfarçada de política de classe. E não sou marxista para chegar a esta conclusão".
Mark Blyth

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