"As minhas palavras têm memórias ____________das palavras com que me penso, e é sempre tenso _________o momento do mistério inquietante de me escrever"
sexta-feira, 30 de abril de 2010
"DIA da MÃE" (2010)
FOTOS GOOGLE
DIA DA MÃE- 2010
Toda a Mulher é MÃE! Mesmo que nunca tenha gerado um filho e mesmo que nunca venha a gerá-lo. Toda a mulher é MÃE …primeiro das suas bonecas, depois dos irmãos ou outros familiares e outras ainda por força da sua profissão e dos que dela dependem, nesse seu mundo próprio.
Todos os dias da nossa vida são, por conseguinte, dias da MÃE! Todos os dias milhões de mulheres, a metade feminina do mundo, “dão à luz” no mais recôndito lugar, viela, palácio, mesmo ao ar livre debaixo do Sol ardente ou do ar do mais frio Inverno, mesmo ao som das bombas de qualquer terra em guerra… mesmo ao som da mais bela melodia!
Muitas de nós somos Mães, somos Terra que floriu e deu ao mundo as mais lindas flores, que aconchegamos nos braços. Somos todas “mães- corujas”, mesmo quando a lucidez do amor nos permite reconhecer os defeitos dos nossos rebentos! E nisso, além de Mães, temos que ser sábias e lúcidas, pois aí reside a capacidade de orientarmos os filhos o melhor que pudermos e soubermos no seu papel de cidadãos que não devem – nunca!- deixar de ser Humanos!
Sou Mulher. Sou Mãe. Sou um ser que cai e se levanta, que ri e que chora, que perdoa e esquece …porque compreendo que ser Mulher- Mãe é , acima de tudo, reflectir! Por isso, Mães como eu, passámos noites acordadas, chorando e rindo a velar o sono dos nossos “rebentos”- de todos vós, filhos, para vos dar a calma e o sorriso da paz de que necessitáveis pra “ir crescendo”.
Apesar da idade que tendes, hoje, posso afirmar que ainda sinto o ventre gerador da vossa VIDA molhado… porque estou atenta, como posso e como sei, às vossas dores e tristezas, tal com aos vossos momentos de alegria que me fazem chorar, ora de tristeza, ora de alegria.
Não posso ser frágil…- e sou-o!- pois devo chorar rindo e tenho que rir ,chorando, pondo o meu peito e o meu colo ao vosso dispor. Mesmo que sangre, por dentro, tenho que ser o vosso porto seguro!
É ou não é assim, mulheres, de que todos os jornais e revistas hoje falam?
Nem todos temos as mesmas lembranças agradáveis da mãe que, em muitos casos, até já não está entre nós. Esteja ela onde estiver, agradeço à minha por me ter permitido respirar o ar da magia de ser MÃE.
A MÃE é, por excelência, a figura central da VIDA; associo-a à luz das mais belas estrelas, ao odor do mais rico e indefinível perfume, à beleza das mais raras flores, à pureza da mais pura gota de água… A MÃE é a Pátria querida que deve acolher os seus filhos, quando eles mais precisam, com mãos carinhosas no abraço místico da raiz telúrica!
Estou convosco, mães do meu país que, sem bens, emprego ou perspectivas decentes de um futuro melhor, chorais todos os dias sem saber o que pôr na mesa! Veremos se alguém se lembra de vos aplaudir no dia das “medalhas”, em 10 de JUNHO!
NOTA: "Pedi" ao meu amigo EUGÉNIO DE ANDRADE que me permitisse deixar, junto com o meu texto, este "POEMA À MÃE", que fala por si.Ele permitiu e eu deixo-o convosco, amigas, mães e mulheres de PORTUGAL.
Poema à mãe
No mais fundo de ti,
eu sei que traí, mãe!
Tudo porque já não sou
o retrato adormecido
no fundo dos teus olhos!
Tudo porque tu ignoras
que há leitos onde o frio não se demora
e noites rumorosas de águas matinais!
Por isso, às vezes, as palavras que te digo
são duras, mãe,
e o nosso amor é infeliz.
Tudo porque perdi as rosas brancas
que apertava junto ao coração
no retrato da moldura!
Se soubesses como ainda amo as rosas,
talvez não enchesses as horas de pesadelos...
Mas tu esqueceste muita coisa!
Esqueceste que as minhas pernas cresceram,
que todo o meu corpo cresceu,
e até o meu coração
ficou enorme, mãe!
Olha - queres ouvir-me? -,
às vezes ainda sou o menino
que adormeceu nos teus olhos;
ainda aperto contra o coração
rosas tão brancas
como as que tens na moldura;
ainda oiço a tua voz:
"Era uma vez uma princesa
no meio de um laranjal..."
Mas - tu sabes! - a noite é enorme
e todo o meu corpo cresceu...
Eu saí da moldura,
dei às aves os meus olhos a beber.
Não me esqueci de nada, mãe.
Guardo a tua voz dentro de mim.
E deixo-te as rosas...
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Como vejo o DIA DA MÃE,
poema de Eugénio de Andrade
quarta-feira, 28 de abril de 2010
terça-feira, 27 de abril de 2010
POEMA "PALCOS"
POEMA: “PALCOS…”
Sinto-me, por vezes, uma estrela a cintilar…
Conjunto de estrelas lampejantes
é o que sou, no meu despertar.
Acontece, quando a vida se torna
uma bola colorida, no brilho do amanhecer.
Como aplauso contínuo
chamo-me ao palco da VIDA,
eufórica e destemida…
Acendem-se as luzes da ribalta…
Ilumina-se, então, o palco.
A magia toma conta da sala da VIDA:
olhos arregalados estremecem
com o barulho das estrelas,
iluminadas pelo som do Infinito.
E o ALÉM da PROCURA
levanta-se,
para a união de uma ovação estrondosa
à atitude corajosa,
do EU da minha ternura…
Estrelas inchadas de luz
prorrompente,
qual ventre de MÃE em parto iminente,
mostram-me o caminho… de mansinho…
Transpiro expectativas nas lufadas de vento…
atrevidas!
Saio do palco…
entro na vida com farrapos de tempo,
frágeis emoções,
únicas sensações
esvaídas, por entre espaços feridos.
Meus pés sentem, no chão,
o estremecer constante da poeira ofuscante…
Telurismo delirante!
Sigo adiante, na noite bela
e tenho cama feita, entre as estrelas!
De lá, vejo a NATUREZA
exuberante,
no seu germinar puro,
duro,
seguro do INSTANTE…
Uma estrada iluminada
conduz-me `a segura morada
do EU que sou…
É aqui que regresso a MIM!
Viagem paradoxal da felicidade na magia,
que se dilui num fio de luz…
Como um colo que se quer morno
num embalo de paz,
minha serenidade aqui jaz!
Borboleta buliçosa,
quedo-me ao pé de MIM…
CAD 7G- 43/43-(MST)-Fev./010
domingo, 25 de abril de 2010
"25 de ABRIL de 2010"-SAUDAÇÃO
fotos google
Não quis escrever nada a este respeito durante o dia ,para não ser , de modo algum ,influenciada por palavras alheias.
Saúdo-vos, amigos, no que acho de mais caro neste dia, que se vem celebrando desde 1974: A LIBERDADE!Sem o que aconteceu nesse dia não estaríamos ,aqui e hoje, a dar as nossas opiniões sobre pessoas e situações.
Bem sei que muitas coisas degeneraram e nos sentimos, por vezes , levados a maldizer certos acontecimentos recentes da nossa História.
Olhamos à nossa volta e vemos coisas que não se deviam passar nesta sociedade que ,em 1974, pensámos que ia ser perfeita. Que utopia!
Preparemo-nos, com alento redobrado, para agradecer a quem contribuiu para esta condição de sermos livres e procuremos ajustar a DEMOCRACIA a quem a não pratica ,porque não viveu os anos de "baba e ranho" , que muitos de nós vivemos.
VIVA PORTUGAL DE ABRIL!
sábado, 24 de abril de 2010
"LITERATURA PORTUGUESA"
LITERATURA PORTUGUESA
HOJE, CESÁRIO VERDE! (1855-1886)
“…E que misterioso o fundo unânime das ruas, /
Das ruas ao cair da noite, ó CESÁRIO VERDE, ó MESTRE…/
ÁLVARO de CAMPOS (heterónimo de FERNANDO PESSOA)
“VERDE” de NOME… bem MADURO, por sinal…pois a sua poesia é das coisas mais lindas que se podem encontrar no Género Lírico, na poesia dos finais do Século XIX! E vejam como o próprio FERNANDO PESSOA se inclina, reverentemente, perante a grandiosidade da literatura de CESÁRIO VERDE (C.V):
“…E que misterioso o fundo unânime das ruas, /Das ruas ao cair da noite, Ó CESÁRIO VERDE, Ó MESTRE…!” (Heterónimo ÁLVARO DE CAMPOS).
Nasceu C.V. em LISBOA; seu pai, comerciante do ramo das ferragens, possuía uma quinta em LINDA-A – PASTORA que produzia tão bela fruta quanto saúde e paz com a Natureza, de que o poeta tanto precisava dado o cansaço que a capital nele causava. C.V ainda chegou a frequentar o Curso Superior de Letras, do qual cedo desistiu, mas onde conheceu o escritor Silva Pinto, que foi o amigo que publicou, depois da sua morte, as poesias deste génio lírico, num livro a que deu o nome de “Livro de CESÁRIO VERDE”.
Foi C.V. um poeta do período REALISTA/PARNASIANISTA, século XIX, que deixou o mundo tão cedo, que nos privou de tanta maravilhosa poesia quanto a que escreveu. E deu-nos o que o Supremo permitiu… A tuberculose era a doença da moda, neste período de intensa industrialização da nossa sociedade, e quase toda a sua família morreu, como ele, dessa terrível doença, num tempo em que ainda se não falava de antibióticos.
Na sua curta vida, não conseguiu o grande poeta ver publicados os seus poemas por nenhuma editora. Lamentava-se desse facto que o humilhava e fazia sofrer. Eis como a isso alude, no poema “CONTRARIEDADES”: “ (…) EU nunca dediquei poemas às fortunas… só a amigos ou a artistas. Independente! Só por isso os jornalistas/Me negam as colunas. / (…) Agora sinto-me eu cheio de raivas frias, /Por causa dum jornal me rejeitar, há dias, /Um folhetim de versos (…)”
A sua grande preocupação era passar, em verso, a realidade da vida do mundo que o circundava, errando, vagueando, pela cidade, em diferentes momentos do dia e da noite, contando, com o recurso ao visualismo e através de inúmeras SINESTESIAS, as misérias da vida citadina, os podres da civilização, a doença, o trabalho das classes desfavorecidas, a exploração de todos por muitos, neste tempo da expansão da industrialização na EUROPA e, mais particularmente, em PORTUGAL. É realista, porque descreve e narra, em verso, a realidade da vida da LISBOA do seu tempo; é parnasianista, pois como os poetas gregos do MONT/cidaddeE PARNASO (o monte dos poetas), se preocupava com a forma correcta de poetar, sem obedecer a regras, para que, deste modo, conseguisse abrir à poesia as portas da vida e nela permitir que entrassem os ruídos, os cheiros e a linguagem das ruas. O REALISMO de CESÁRIO VERDE reflecte, no entanto, um afastamento marcante do naturalismo e um desencanto com o próprio movimento realista, pois que ele pôs nos seus poemas todo o seu SENTIR, a sua subjectividade, o seu modo de viver os problemas. No poema “NÓS”, afirma:” (…) ao meu olhar/tudo tem um certo espírito secreto/ (…). O pronome possessivo “meu”confirma o subjectivismo, sempre que o encontrarmos nos seus poemas… Pode dizer-se que o Realismo está na narração, em verso, do que ele, realmente, observa, vê…
Os temas mais importantes da estética Cesariana são três, essencialmente: a dicotomia campo/cidade, a mulher, a realidade da vida dura do povo, bem como, por consequência, a crítica às injustiças sociais.
Apesar de o poeta adorar LISBOA, a cidade era, para ele, o símbolo do mal, da doença, da infelicidade, das injustiças, da exploração… Ao contrário, o campo representava a saúde, o bem, a vida sã, as virtudes, o paraíso da saúde, do viver simples e são. Ao lermos o poema “NUM BAIRRO MODERNO”, vemos como C.V. dramatiza a invasão simbólica da cidade pelo campo, através de uma pequena vendedeira de frutas e legumes que depõe a sua giga, “como um retalho de horta aglomerada”, numa escadaria de mármore de uma casa apalaçada. E o amor pelo campo contribui para que, numa atitude perfeitamente surrealista, ele “visse” os frutos e os legumes transformados “num ser humano”: “Eu descia/sem muita pressa, para o meu emprego, / (…) notei de costas uma rapariga pousar, ajoelhando, a sua giga…/(…)tamancos, …esguedelhada, feia(…)seus bracinhos brancos…/Subitamente que visão de artista!-/ Se eu transformasse os simples vegetais,/…Num ser humano que se mova e exista/Cheio de belas proporções carnais?!/…
A escrita de Cesário parte sempre das sensações para terminar em IMAGENS, proporcionando ao leitor a LEITURA-VISÃO da realidade observada, numa perfeita atitude de pintor impressionista! Ele próprio o reconhece quando diz: ”PINTO QUADROS COM LETRAS”. O uso de todos os sentidos da condição humana, está de tal modo disseminado pela sua obra, que o leitor pode “VER” situações que ele poetiza, como se pode ver nos versos seguintes, tirados de vários poemas: ”…Foi quando tu, descendo do burrico, /Foste colher…a um granzoal azul de grão-de-bico, /Um ramalhete rubro de papoulas. / (…) E houve talhadas de melão, damascos/ E pão-de-ló molhado em malvasia./
No que diz respeito ao papel da mulher na sua poesia, deve dizer-se que a mulher superior o irritava, porque o fazia sentir-se humilhado. Um pouco complexado perante a grandiosidade da mulher que o não olhava, chegou a fazer poemas extremamente duros, sobre esse tipo de mulher. Isso pode ver-se em vários versos de outros tantos poemas como “DESLUMBRAMENTOS”, em que afirma: ” O seu olhar possui, num jogo ardente/Um arcanjo e um demónio a iluminá-lo; /Como um florete, fere agudamente (… )”; no poema “ESPLÊNDIDA”: (…) Ei-la! Como vai bela (…) É fidalga e soberba, (…) Tem a altivez magnética e o bom-tom/ Das cortes depravadas. / (…) E eu vou acompanhando-a, corcovado, /…como um doido, em convulsões, /Febril, de colarinho amarrotado…”
No poema “HUMILHAÇÕES”, o sujeito poético, “ignorado e só”, repara na mulher superior, distante, fria, altiva, mas aqui já com uma superioridade que advém da condição económica e social: ” Esta aborrece quem é pobre! EU, quase JOB, /Aceito os seus desdéns, seus ódios idolatro-os; /…a mulher nervosa e vã… saltou soberba…As outras ao pé delas imitam as bonecas; / Eu ocultava o fraque usado nos botões (….).
Mas a visão que tem da mulher que não é “MILADY”, da mulher que trabalha para viver e da mulher que sofre a miséria e a doença, é outra, muito humana, muito sentida.
Sofre, por isso, perante a mulher que vive degradada e miseravelmente, vítima da opressão social da cidade e vai denunciando as circunstâncias sociais injustas, como no poema “Contrariedades”, onde nos familiarizamos com uma pobre engomadeira, tuberculosa, sozinha, que se mantém “a chá e pão”: “Ali defronte mora/Uma infeliz, sem peito, os dois pulmões doentes; /Engoma para fora. /Pobre esqueleto branco…. /Tão lívida! O doutor deixou-a…”. E no poema “Humilhações” aparece uma infeliz, no meio da grandiosidade e do fausto da burguesa: ”de súbito, fanhosa, infecta, rota, má, /Pôs-se na minha frente uma velhinha suja…olhos de coruja….” .
JACINTO DO PRADO COELHO, in “Problemática da História Literária”, 2ª edição, Edições ÁTICA- 1961, refere: ”…C.V. é um dos grandes iniciadores do moderno na poesia portuguesa. Contemporâneo de um DEGAS, de um RENOIR, Cesário alargou o âmbito do poético à representação pictórica das pessoas e das coisas humildes, quotidianas…”
Cesário ensinou-nos a poesia de respirar, de caminhar observando, de ver com amor e pormenor, quase com ingenuidade e fê-lo com uma linguagem nova, tanto de raiz burguesa como popular, rica em termos concretos, por vezes, atrevida, para sugerir mistura de sensações no físico e no anímico, uma linguagem impressionista e fantasista, como atrás referi, mas, ao mesmo tempo sacudida e coloquial.
Para começar a orientar este artigo para o fim, quero falar-vos do poema “CRISTALIZAÇÔES”, obra-prima da nossa Literatura, que o próprio poeta classificou, numa linguagem matemática, como um poliedro, uma figura sólida com muitas faces, pois nele conseguiu mostrar o sofrimento de imensas classes trabalhadoras. Vejamos: “De cócoras, em linha, os calceteiros, (…) Disseminadas, gritam as peixeiras (…) Homens de carga! Assim as bestas vão curvadas, (…) Povo! No pano-cru rasgado das camisas/ Uma bandeira (…) e os suspensórios traçam-lhe uma cruz!” Tanta coisa mais que fica por dizer!
Inúmeros vultos da LITERATURA Nacional e internacional se vergaram perante a grandiosidade da obra do pobre POETA: JACINTO PRADO COELHO, CLARA ROCHA; MÁRIO CESARINY DE VASCONCELOS, DAVID MOURÃO – FERREIRA, GEORG RUDOLF LIND, FERNANDO PESSOA ORTÓNIMO E HETERÓNIMO, …
Deixo este autor com uma frase de GEORG R. LIND, in Revista COLÓQIO/LETRAS, nº 93, SET/1986: “LER a obra de Cesário VERDE, nomeadamente “O Sentimento de um ocidental” equivale a ler um EÇA de QUEIRÓS transformado em poeta; significa entrar em contacto com uma poesia realista”.
NOTA: este artigo, embora preocupado em dar uma ideia da obra de CESÁRIO VERDE, como se pode calcular não o consegue fazer, dadas as restrições de espaço. Devem os alunos do ENSINO SECUNDÁRIO estar atentos, primeiro que tudo, às aulas de PORTUGUÊS, onde esta matéria é alargadamente tratada pelos seus Professores, caso ainda faça parte dos PROGRAMAS.
HOJE, CESÁRIO VERDE! (1855-1886)
“…E que misterioso o fundo unânime das ruas, /
Das ruas ao cair da noite, ó CESÁRIO VERDE, ó MESTRE…/
ÁLVARO de CAMPOS (heterónimo de FERNANDO PESSOA)
“VERDE” de NOME… bem MADURO, por sinal…pois a sua poesia é das coisas mais lindas que se podem encontrar no Género Lírico, na poesia dos finais do Século XIX! E vejam como o próprio FERNANDO PESSOA se inclina, reverentemente, perante a grandiosidade da literatura de CESÁRIO VERDE (C.V):
“…E que misterioso o fundo unânime das ruas, /Das ruas ao cair da noite, Ó CESÁRIO VERDE, Ó MESTRE…!” (Heterónimo ÁLVARO DE CAMPOS).
Nasceu C.V. em LISBOA; seu pai, comerciante do ramo das ferragens, possuía uma quinta em LINDA-A – PASTORA que produzia tão bela fruta quanto saúde e paz com a Natureza, de que o poeta tanto precisava dado o cansaço que a capital nele causava. C.V ainda chegou a frequentar o Curso Superior de Letras, do qual cedo desistiu, mas onde conheceu o escritor Silva Pinto, que foi o amigo que publicou, depois da sua morte, as poesias deste génio lírico, num livro a que deu o nome de “Livro de CESÁRIO VERDE”.
Foi C.V. um poeta do período REALISTA/PARNASIANISTA, século XIX, que deixou o mundo tão cedo, que nos privou de tanta maravilhosa poesia quanto a que escreveu. E deu-nos o que o Supremo permitiu… A tuberculose era a doença da moda, neste período de intensa industrialização da nossa sociedade, e quase toda a sua família morreu, como ele, dessa terrível doença, num tempo em que ainda se não falava de antibióticos.
Na sua curta vida, não conseguiu o grande poeta ver publicados os seus poemas por nenhuma editora. Lamentava-se desse facto que o humilhava e fazia sofrer. Eis como a isso alude, no poema “CONTRARIEDADES”: “ (…) EU nunca dediquei poemas às fortunas… só a amigos ou a artistas. Independente! Só por isso os jornalistas/Me negam as colunas. / (…) Agora sinto-me eu cheio de raivas frias, /Por causa dum jornal me rejeitar, há dias, /Um folhetim de versos (…)”
A sua grande preocupação era passar, em verso, a realidade da vida do mundo que o circundava, errando, vagueando, pela cidade, em diferentes momentos do dia e da noite, contando, com o recurso ao visualismo e através de inúmeras SINESTESIAS, as misérias da vida citadina, os podres da civilização, a doença, o trabalho das classes desfavorecidas, a exploração de todos por muitos, neste tempo da expansão da industrialização na EUROPA e, mais particularmente, em PORTUGAL. É realista, porque descreve e narra, em verso, a realidade da vida da LISBOA do seu tempo; é parnasianista, pois como os poetas gregos do MONT/cidaddeE PARNASO (o monte dos poetas), se preocupava com a forma correcta de poetar, sem obedecer a regras, para que, deste modo, conseguisse abrir à poesia as portas da vida e nela permitir que entrassem os ruídos, os cheiros e a linguagem das ruas. O REALISMO de CESÁRIO VERDE reflecte, no entanto, um afastamento marcante do naturalismo e um desencanto com o próprio movimento realista, pois que ele pôs nos seus poemas todo o seu SENTIR, a sua subjectividade, o seu modo de viver os problemas. No poema “NÓS”, afirma:” (…) ao meu olhar/tudo tem um certo espírito secreto/ (…). O pronome possessivo “meu”confirma o subjectivismo, sempre que o encontrarmos nos seus poemas… Pode dizer-se que o Realismo está na narração, em verso, do que ele, realmente, observa, vê…
Os temas mais importantes da estética Cesariana são três, essencialmente: a dicotomia campo/cidade, a mulher, a realidade da vida dura do povo, bem como, por consequência, a crítica às injustiças sociais.
Apesar de o poeta adorar LISBOA, a cidade era, para ele, o símbolo do mal, da doença, da infelicidade, das injustiças, da exploração… Ao contrário, o campo representava a saúde, o bem, a vida sã, as virtudes, o paraíso da saúde, do viver simples e são. Ao lermos o poema “NUM BAIRRO MODERNO”, vemos como C.V. dramatiza a invasão simbólica da cidade pelo campo, através de uma pequena vendedeira de frutas e legumes que depõe a sua giga, “como um retalho de horta aglomerada”, numa escadaria de mármore de uma casa apalaçada. E o amor pelo campo contribui para que, numa atitude perfeitamente surrealista, ele “visse” os frutos e os legumes transformados “num ser humano”: “Eu descia/sem muita pressa, para o meu emprego, / (…) notei de costas uma rapariga pousar, ajoelhando, a sua giga…/(…)tamancos, …esguedelhada, feia(…)seus bracinhos brancos…/Subitamente que visão de artista!-/ Se eu transformasse os simples vegetais,/…Num ser humano que se mova e exista/Cheio de belas proporções carnais?!/…
A escrita de Cesário parte sempre das sensações para terminar em IMAGENS, proporcionando ao leitor a LEITURA-VISÃO da realidade observada, numa perfeita atitude de pintor impressionista! Ele próprio o reconhece quando diz: ”PINTO QUADROS COM LETRAS”. O uso de todos os sentidos da condição humana, está de tal modo disseminado pela sua obra, que o leitor pode “VER” situações que ele poetiza, como se pode ver nos versos seguintes, tirados de vários poemas: ”…Foi quando tu, descendo do burrico, /Foste colher…a um granzoal azul de grão-de-bico, /Um ramalhete rubro de papoulas. / (…) E houve talhadas de melão, damascos/ E pão-de-ló molhado em malvasia./
No que diz respeito ao papel da mulher na sua poesia, deve dizer-se que a mulher superior o irritava, porque o fazia sentir-se humilhado. Um pouco complexado perante a grandiosidade da mulher que o não olhava, chegou a fazer poemas extremamente duros, sobre esse tipo de mulher. Isso pode ver-se em vários versos de outros tantos poemas como “DESLUMBRAMENTOS”, em que afirma: ” O seu olhar possui, num jogo ardente/Um arcanjo e um demónio a iluminá-lo; /Como um florete, fere agudamente (… )”; no poema “ESPLÊNDIDA”: (…) Ei-la! Como vai bela (…) É fidalga e soberba, (…) Tem a altivez magnética e o bom-tom/ Das cortes depravadas. / (…) E eu vou acompanhando-a, corcovado, /…como um doido, em convulsões, /Febril, de colarinho amarrotado…”
No poema “HUMILHAÇÕES”, o sujeito poético, “ignorado e só”, repara na mulher superior, distante, fria, altiva, mas aqui já com uma superioridade que advém da condição económica e social: ” Esta aborrece quem é pobre! EU, quase JOB, /Aceito os seus desdéns, seus ódios idolatro-os; /…a mulher nervosa e vã… saltou soberba…As outras ao pé delas imitam as bonecas; / Eu ocultava o fraque usado nos botões (….).
Mas a visão que tem da mulher que não é “MILADY”, da mulher que trabalha para viver e da mulher que sofre a miséria e a doença, é outra, muito humana, muito sentida.
Sofre, por isso, perante a mulher que vive degradada e miseravelmente, vítima da opressão social da cidade e vai denunciando as circunstâncias sociais injustas, como no poema “Contrariedades”, onde nos familiarizamos com uma pobre engomadeira, tuberculosa, sozinha, que se mantém “a chá e pão”: “Ali defronte mora/Uma infeliz, sem peito, os dois pulmões doentes; /Engoma para fora. /Pobre esqueleto branco…. /Tão lívida! O doutor deixou-a…”. E no poema “Humilhações” aparece uma infeliz, no meio da grandiosidade e do fausto da burguesa: ”de súbito, fanhosa, infecta, rota, má, /Pôs-se na minha frente uma velhinha suja…olhos de coruja….” .
JACINTO DO PRADO COELHO, in “Problemática da História Literária”, 2ª edição, Edições ÁTICA- 1961, refere: ”…C.V. é um dos grandes iniciadores do moderno na poesia portuguesa. Contemporâneo de um DEGAS, de um RENOIR, Cesário alargou o âmbito do poético à representação pictórica das pessoas e das coisas humildes, quotidianas…”
Cesário ensinou-nos a poesia de respirar, de caminhar observando, de ver com amor e pormenor, quase com ingenuidade e fê-lo com uma linguagem nova, tanto de raiz burguesa como popular, rica em termos concretos, por vezes, atrevida, para sugerir mistura de sensações no físico e no anímico, uma linguagem impressionista e fantasista, como atrás referi, mas, ao mesmo tempo sacudida e coloquial.
Para começar a orientar este artigo para o fim, quero falar-vos do poema “CRISTALIZAÇÔES”, obra-prima da nossa Literatura, que o próprio poeta classificou, numa linguagem matemática, como um poliedro, uma figura sólida com muitas faces, pois nele conseguiu mostrar o sofrimento de imensas classes trabalhadoras. Vejamos: “De cócoras, em linha, os calceteiros, (…) Disseminadas, gritam as peixeiras (…) Homens de carga! Assim as bestas vão curvadas, (…) Povo! No pano-cru rasgado das camisas/ Uma bandeira (…) e os suspensórios traçam-lhe uma cruz!” Tanta coisa mais que fica por dizer!
Inúmeros vultos da LITERATURA Nacional e internacional se vergaram perante a grandiosidade da obra do pobre POETA: JACINTO PRADO COELHO, CLARA ROCHA; MÁRIO CESARINY DE VASCONCELOS, DAVID MOURÃO – FERREIRA, GEORG RUDOLF LIND, FERNANDO PESSOA ORTÓNIMO E HETERÓNIMO, …
Deixo este autor com uma frase de GEORG R. LIND, in Revista COLÓQIO/LETRAS, nº 93, SET/1986: “LER a obra de Cesário VERDE, nomeadamente “O Sentimento de um ocidental” equivale a ler um EÇA de QUEIRÓS transformado em poeta; significa entrar em contacto com uma poesia realista”.
NOTA: este artigo, embora preocupado em dar uma ideia da obra de CESÁRIO VERDE, como se pode calcular não o consegue fazer, dadas as restrições de espaço. Devem os alunos do ENSINO SECUNDÁRIO estar atentos, primeiro que tudo, às aulas de PORTUGUÊS, onde esta matéria é alargadamente tratada pelos seus Professores, caso ainda faça parte dos PROGRAMAS.
quarta-feira, 21 de abril de 2010
"Poema "MULHER- NATUREZA-MÃE"
fotos google
Mulher-Natureza-Mãe!”
Montanha de segredos incómodos,
Segredos-mitos dilacerados pela Imaginação…
Assim és tu, Mulher,
Que te mostras ao olhar do Mundo,
Senhor do teu Mistério profundo.
Vulcão de força misteriosa,
Ventre-Terra… raiva fogosa…
Calor do Ser no acto de Existir
És, mesmo sem querer, força bruta no dar-se
Em acto de pura volúpia!
E ,na Lua brilhante, em Quarto-Crescente,
Afagas teu ventre, TERRA- MÃE-FECUNDA…
Tela impressionista,
Espalhas a beleza inconsciente da magia
Que de ti emana…
Eterno retorno da VIDA,
Assustas…
Mesmo quando desprotegida!
Frágil folha,
Solta da árvore pela força do vento,
Harmoniosa e cúmplice
Vais ao encontro da dor
Decidida a dar outra VIDA…
Pintura viva do andar do Mundo!
ISADORA dançando a cada segundo,
Volteias e rebolas o mistério louco
Da tua secreta condição,
Que se adivinha dos véus cerrados, transparentes,afastados…
MULHER-NATUREZA-MÃE!
Por que se disputa
A poesia que de ti advém?
Toalha de branco linho
Em pic-nic mágico,
Transformado em lençol de seda ofuscante!
CRIATURA!
Que tens dentro, enquanto a POESIA dura?
Espiral de Criação!
Pintura viva do Amor ,em constante mutação!
Erva doce da permanente magia
QUE É DAR À LUZ outro dia…
C7G-(q.c)-38/83- FEV/010
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isadora,
mistério,
pintura
segunda-feira, 19 de abril de 2010
"PEDRA BRUTA"
foto google
A pedra bruta que sou, é lisa, de vez em quando;
acontece, porque vou rolando, sempre lutando!
E as areias do chão que piso, sem compaixão,
são a exacta medida de qualquer pedra ferida,
que procura a perfeição…
Mas que tarefa impossível!
Eu até acho incrível, que me passe pela ideia,
que posso ser mais que areia, no mundo em que me afundo.
A pedra bruta que sou, não deixará de o ser…
Eu estou sempre a percorrer, um caminho que, a doer,
me leva para o que não sou!
A imperfeição pode também conduzir
a uma relativa perfeição…Isto, se eu me esforçar
no que decidir fazer…Serei ,então, pedra preciosa,
girando, em torno das gentes, laboriosa…
CAD 1A-53 -/07
A pedra bruta que sou, é lisa, de vez em quando;
acontece, porque vou rolando, sempre lutando!
E as areias do chão que piso, sem compaixão,
são a exacta medida de qualquer pedra ferida,
que procura a perfeição…
Mas que tarefa impossível!
Eu até acho incrível, que me passe pela ideia,
que posso ser mais que areia, no mundo em que me afundo.
A pedra bruta que sou, não deixará de o ser…
Eu estou sempre a percorrer, um caminho que, a doer,
me leva para o que não sou!
A imperfeição pode também conduzir
a uma relativa perfeição…Isto, se eu me esforçar
no que decidir fazer…Serei ,então, pedra preciosa,
girando, em torno das gentes, laboriosa…
CAD 1A-53 -/07
sexta-feira, 16 de abril de 2010
"O descortês cinismo ou...a "falta de chá" do Presidente checo...
Estou de volta, meus amigos. Já sinto vontade de escrever, o que ,em mim, é um sinal de lenta e ansiada recuperação.
Já ontem não gostei das críticas do Presidente checo a problemas que afectam Portugal, mesmo sem ele ter citado o nosso país;mas, como nenhum de nós é burro e todos sabíamos do que ele falava, enfim... lá compreendemos aquela espécie de educação democrática com que o nosso Presidente se saiu...
Mas, ao ver que o tal Presidente checo, hoje voltou à carga, da maneira pedante e descortês com que falou de Portugal, perante o seu homólogo português, seu convidado!- e embora sabendo, como todos os portugueses infelizmente sabem, que é uma pura verdade o que ele disse, não posso deixar passar em branco a oportunidade de dizer que me doeu ser portuguesa e ver o pouco respeito que este "naco" de país merece lá fora, com um ultraje anti-elegante à figura do nosso Presidente!
O cinismo e a deselegância tornaram-se quase cruéis quando, pretendendo gozar com os jornalistas, à custa da nossa situação económica, lhes dizia "que sabia que eles não estavam lá..." Quanto ao nosso Presidente, depois de mais esta "tirada" do senhor checo...que julgue quem ouvir.
-Cada vez me desagrada mais ver o circo em que está transformado o nosso parlamento!
Cada vez mais, sócrates diz o mesmo de sempre... NADA! Cada vez mais ,aquele é o palco em que ele se tornou perito em actuar; o homem já cansa de tal maneira que eu penso que todos temos que começar a armazenar vassouras, para limpar o que escapou ao dia da limpeza das florestas portuguesas...
E fico sempre preocupada quando o homem diz ,afirma e reafirma "a sete pés" que "eles" estão atentos, atentíssimos à governação, para levar a situação portuguesa a bom termo...OH DIABO... já sabemos no que deram os anos que eles lá têm estado!Lindo de ver é o gosto com que ele fala, ouvindo-se, sem se preocupar em responder, objectivamente a nada, porque só ouve o que diz ele próprio dele próprio!
Gostei daquela saída para os jornalistas ,de que não se procupa , nem um milímetro com essa coisa das escutas!Tivessem os comuns cidadãos amigos...
Já ontem não gostei das críticas do Presidente checo a problemas que afectam Portugal, mesmo sem ele ter citado o nosso país;mas, como nenhum de nós é burro e todos sabíamos do que ele falava, enfim... lá compreendemos aquela espécie de educação democrática com que o nosso Presidente se saiu...
Mas, ao ver que o tal Presidente checo, hoje voltou à carga, da maneira pedante e descortês com que falou de Portugal, perante o seu homólogo português, seu convidado!- e embora sabendo, como todos os portugueses infelizmente sabem, que é uma pura verdade o que ele disse, não posso deixar passar em branco a oportunidade de dizer que me doeu ser portuguesa e ver o pouco respeito que este "naco" de país merece lá fora, com um ultraje anti-elegante à figura do nosso Presidente!
O cinismo e a deselegância tornaram-se quase cruéis quando, pretendendo gozar com os jornalistas, à custa da nossa situação económica, lhes dizia "que sabia que eles não estavam lá..." Quanto ao nosso Presidente, depois de mais esta "tirada" do senhor checo...que julgue quem ouvir.
-Cada vez me desagrada mais ver o circo em que está transformado o nosso parlamento!
Cada vez mais, sócrates diz o mesmo de sempre... NADA! Cada vez mais ,aquele é o palco em que ele se tornou perito em actuar; o homem já cansa de tal maneira que eu penso que todos temos que começar a armazenar vassouras, para limpar o que escapou ao dia da limpeza das florestas portuguesas...
E fico sempre preocupada quando o homem diz ,afirma e reafirma "a sete pés" que "eles" estão atentos, atentíssimos à governação, para levar a situação portuguesa a bom termo...OH DIABO... já sabemos no que deram os anos que eles lá têm estado!Lindo de ver é o gosto com que ele fala, ouvindo-se, sem se preocupar em responder, objectivamente a nada, porque só ouve o que diz ele próprio dele próprio!
Gostei daquela saída para os jornalistas ,de que não se procupa , nem um milímetro com essa coisa das escutas!Tivessem os comuns cidadãos amigos...
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Beijo de amizade...
Para todos vós, amigos e amigas, com o maior carinho do mundo, envio-vos um beijo de grande amizade. Ainda não me sinto capaz de "grandes obras", no meu blog...Deixei-me ir ao fundo, desta vez.Mas não vos esqueço!
BEIJO DE MARIA ELISA
BEIJO DE MARIA ELISA
domingo, 4 de abril de 2010
"DOMINGO DE `PÁSCOA"
Independentemente das crenças religiosas(e talvez também por causa disso!), não posso deixar passar este dia sem saudar todos os amigos da blogosfera e desejar-vos um dia feliz ,no seio da família ou no meio dos vossos entes queridos; cumprem-se rituais, vivem-se usos ,costumes e tradições...
A vida é feita de "tudos" e de "nadas", de alegrias e dores.Passamos o tempo a "soletrar" os"livros" do nosso viver e, por isso, porque este período de festas é uma das páginas desse viver, aqui estou, num momento breve mas cheio de carinho a desejar-vos UMA PÁSCOA FELIZ.
Estou com todos vós...com os que se sentem mais acompanhados, com os mais sós...Estou,escondida,no meio de todos vós a captar as vossas alegrias e a inebriar-me com elas. Deixem-me "roubar" um pouco desses vossos momentos...
FELIZES FESTAS, AMIGOS!
A vida é feita de "tudos" e de "nadas", de alegrias e dores.Passamos o tempo a "soletrar" os"livros" do nosso viver e, por isso, porque este período de festas é uma das páginas desse viver, aqui estou, num momento breve mas cheio de carinho a desejar-vos UMA PÁSCOA FELIZ.
Estou com todos vós...com os que se sentem mais acompanhados, com os mais sós...Estou,escondida,no meio de todos vós a captar as vossas alegrias e a inebriar-me com elas. Deixem-me "roubar" um pouco desses vossos momentos...
FELIZES FESTAS, AMIGOS!
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