"As minhas palavras têm memórias ____________das palavras com que me penso, e é sempre tenso _________o momento do mistério inquietante de me escrever"
segunda-feira, 14 de novembro de 2016
SOBRE A GUERRA...
DE Pe António Vieira, in Pesquisa Net :
“É a guerra aquele monstro que se sustenta das fazendas, do sangue, das vidas, e quanto mais come e consome, tanto menos se farta. É a guerra aquela tempestade terrestre, que leva os campos, as casas, as vilas, os castelos, as cidades, e talvez em um momento sorve os reinos e monarquias inteiras. É a guerra aquela calamidade composta de todas as calamidades, em que não há mal algum que, ou se não padeça, ou se não tema, nem bem que seja próprio e seguro. O pai não tem seguro o filho, o rico não tem segura a fazenda, o pobre não tem seguro o seu suor, o nobre não tem segura a honra, o eclesiástico não tem segura a imunidade, o religioso não tem segura a sua cela; e até Deus nos templos e nos sacrários não está seguro”.
(“Sermão Histórico e Panegírico nos Anos da Rainha D. Maria Francisca de Sabóia”,
NOTA DE REFLEXÃO:
A guerra continua a ser tudo isto...Pe Vieira não o sabia... Mas a guerra, no século XXI é muito mais, é muito pior! É, sobretudo, um fruto saído do coração dos homens, em forma de ódio.
Hoje, a guerra sai dos canhões e das diferentes armas que o homem criou, armas altamente mortais e destruidoras que, aliadas à ganância e ao sentimento de ódio por tudo e todos os que são diferentes, se tornou "uma arma" de destruição maciça, que mete medo à Humanidade.Não seríamos humanos , se não estivéssemos, como estamos, com uma grande angústia a interrogarmos a nossa condição de "gente humana".
A Humanidade tem-se tornado tão desumana e tão animalesca, que já não pode permitir-se viver sem as guerras.Que dramático paradoxo!
Hoje, choramos com a França, a guerra que lhe é movida pela barbárie de um grupelho de doentes mentais , afectados por uma noção de religião, que nada tem a ver com a Religião.
Cabeças de ideias distorcidas e deslocadas no tempo, querem voltar aos anos 600-700-800 depois de Cristo e impor ao mundo as suas ideias satânicas de religião. Servem-se de armas altamente destruidoras , para ver se conseguem, através de verdadeiros actos de barbárie e terror, atingir esses dementes objectivos.
As loucuras deste novo mundo começaram, verdadeiramente, como todos sabemos, com cabeças que engendraram falsos motivos para guerras novas, como Bush, Tony Blair, Barroso e outros ,no IRAQUE, e permitiram que o ódio se fosse desenvolvendo como cogumelos venenosos, dos quais nenhum de nós está livre.
Ontem , a França... Amanhã, quem irá sofrer a sanha dos primitivos?
Antigamente, "os cruzados" saíam , por exemplo, da Charola do Convento de TOMAR, a cavalo; hoje, os novos "cruzados " vão em aviões supersónicos, armados de armas nucleares, que podem dar cabo do mundo, em segundos.
Somos, hoje, TODOS, "filhos de um deus menor", porque a grande verdade é que os motivos que conduziram ao que aconteceu em Paris, são os mesmos que podem afectar todo o mundo e cada um de nós.
Já nos não bastava o fanatismo político ; tínhamos que sofrer por um pior fanatismo, o religioso.Seremos, realmente, seres humanos? Por que é que aconteram "OS BALCÃS"?o IRAQUE? O AFEGANISTÃO? a SÍRIA?O CAMBÓDGIA, DE POL POT?
Não sou Politóloga...o que sei de política , é o que leio nos jornais e vejo nas televisões.Mas, não sendo burra, PENSO. E penso que as coisas não vão ficar por Paris...É aí que começo a saber o que é o medo que se deve sentir, quando se tem pela frente o fanatismo doente e bárbaro de "seres", como os do auto proclamado estado islâmico.
Maria Elisa Ribeiro-
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