"As minhas palavras têm memórias ____________das palavras com que me penso, e é sempre tenso _________o momento do mistério inquietante de me escrever"
sexta-feira, 3 de junho de 2016
Do blog https://www.leituras.eu
No lamaçal de “esterco” em que se tornou a nossa TV, taróloga aconselha paciência a suposta vítima de violência doméstica
3 de junho de 2016 por leituras deixe um comentário
Uma onda de indignação está a propagar-se pelas redes sociais: na manhã desta quinta-feira, na SIC, no programa A Vida Nas Cartas – o Dilema, a taróloga Carla Duarte aconselhou uma mulher que se apresentou como vítima de violência doméstica a ter paciência com o marido e a mimá-lo, como se fosse um filho.
Maria Glória telefonou na expectativa de Carla Duarte lhe dizer qual o seu actual estado de saúde e se o seu marido tem outra. A mulher, de 64 anos, anda assustada com a possibilidade de ter um tumor maligno, como já aconteceu a vários membros da família, e o comportamento do marido não ajuda. “Ando muito nervosa derivado ao meu marido. Há 40 anos que eu sofro de violação doméstica, como é que se diz isso?”, pergunta. “Violência”, auxilia a taróloga. “Ele bate-me, ele faz…”
Carla Duarte não quer ouvir mais. Está na hora de dizer qual o número para o qual os espectadores podem ligar para lhe colocar dois dilemas. Quando retoma a conversa com Maria da Glória, deita as cartas, diz-lhe que, apesar dos antecedentes familiares, “ainda não tem nada”, que vá fazendo exames periódicos. Sobre a relação conjugal, aconselha-a a pensar no que pode fazer. “O que interessa se ele tem alguém ou não, mediante o que você tem em casa? Para já, ele não tem ninguém. Está aqui sozinho. Ah. Ele quer uma mãe, não quer uma mulher.”
A taróloga recomenda paciência à espectadora. Aconselha-a a não discutir, a não procurar conflito. “Não está aqui nenhuma separação, por isso você escolheu este homem, independentemente de tudo, por enquanto é com ele que vai ficar”, declara. “Quando damos amor, recebemos amor, mesmo que seja em menos quantidade. Se damos violência, recebemos violência. Se você recebe violência, corte este ciclo e não dê violência, nem que seja por palavras ou… mime-o. Por muito difícil que isso seja, por muito difícil que isso seja. Está bem?”
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