sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

The Gregorian Voices You raise me up 12.10.2024 Kassel

POEMA

 




FATIA DE VIDA

 

 

Como ramo de árvore que se prende a outra árvore,

Enlaço-me a teu peito...

Tenho medo de cair. Seguro-me aos teus olhos, mais perto do coração

Onde pouso as minhas mãos.

Ouço o teu arfar faminto e

 deixo-me ficar suspensa desse teu VIVER-de-VIDA.

                                               Sinto j


á Saudades de não estar aqui DEPOIS!

 

Vejo-me ave no ninho, posta aqui neste raminho

Que é teu corpo dormente.

Saem-me da boca palavras

que tu não ouves mas que bem entendes.

Alongo-me a teu jeito e sou algodão -em-rama que assim te cai no peito.

                                                Lá fora chove mas eu vivo o meu-cá-Dentro.

 

É então que invado as margens das tuas ravinas

 onde o suor escorregadio do amor planta gotas de MIM

                                                 que absorves cobiçoso numa dança sem fim!

 

O sol, a pino...

As aves a recolher...

As matas a escurecer...

e tu vives nosso amor no reflexo doirado

                                                    de mim, ser apaixonado.

 

 

Ao longe sentem-se os raios de luz de uma nova aurora.

Batem nos cortinados sem saberem a tristeza do medo de acordar

Desta Vida Plena...

Dorme, senhor meu que o mar turbulento ainda não te deixa acordar.

 

Maria Elisa Ribeiro-PORTUGAL

TEXTO REGISTADO

©FEV/2023

quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

Sinéad O’Connor & Roger Waters - Mother - The Wall (Subtitulos En Español)

 







O INVERNO DA TERRA , DO AR E DO MAR

 

 

 

Decorre a noite de olhos abertos, vigilantes,

A descer lentamente, sem rotas, sobre as janelas

Que são as estradas das montanhas a definhar de sono, à luz da lua.

As folhas dos arbustos imobilizados sonham gotas de orvalho

refrescante,

 a cairem sobre campos, terras e vidas.

 

Há vida, solene e sonâmbula, nos mais estranhos meandros das serras.

 

Nos seus coloridos madrugadores, em tons violeta dourado,

 a aurora anuncia com toda a alegria o nascer de um novo dia

e a fuga dos cometas para um próximo entardecer.

 

Dou-me conta de que é Inverno...mas, sem darem por isso,

floriram rosas selvagens ao pio da vida do alvorecer.

Ao Longe, ouço o mar que ruge---o desalmado!--- não dorme com medo de se afogar e morrer...

 

Então, cheio de ondas alterosas, atira-se contra areais e falésias,

seguro de que não vai desaparecer!

O céu soluça nas nuvens que o encobrem

 e vai escurecendo o horizonte.

 

Abre-se a brisa da porta dos tempos, e por ela voam os meus sonhos,

parentes próximos das lareiras de um AMANHECER-OUTRORA que não

voltei a ter.

Ouço música no adro da Igreja (onde memorizava Vogais e Consoantes) em noites de lua cheia...cheia como candeia acesa no mar alto, que finge ser  um farol.

 

 Perdi meu endereço,

 nesse mar onde meus cabelos parecem algas a

flutuar  e

enquanto a noite avança------------avança vestida de crepúsculo,

despida de alvorada,

escura como alma assombrada.

 

 

 

 

!©Maria Elisa Ribeiro-Portugal

 

FEV/2015

Bom dia, queridos amigos! Que o SENHOR esteja a vosso lado!


 

terça-feira, 14 de janeiro de 2025

Bom dia, meus amigos!


 

Poema...

 






MINHAS HORAS-GOTA-A-GOTA

 

 

*Sinto no corpo o tempo a fluir em imagens e pensamentos

que me vão ocupando lugares absolutamente provisórios.

E quem nunca  sentiu o corpo a mover-se ao sabor da sua história?

É que a história não é muda, por mais que a queiram calada,

cansada, alquebrada...

 Por mais que alguém a falseie,

a história humana recusa-se a ficar calada!

 

*Há quem diga que somos feitos de átomos... Mas um passarinho

que me pousou nas mãos, disse-me que todos somos feitos de histórias...

A água do rio flui a correr na glória de não voltar atrás,

porque é para a frente que a sua vida se faz.

 

*AH, mas a água do mar é diferente...Está ali, no PASSADO DO PRESENTE,

Sempre-no-FUTURO, indiferente ,prepotente, teimosa.

Minhas horas, escritas gota-a-gota-------(que agonia!)-------são espuma, sopro,

fumo e vento, sangue e melodia.

 

*Para mais, sabemos que temos no corpo o tempo a fluir

em imagens e pensamentos que, languidamente,

  descansam na Mensagem.

Venho de outras distâncias e de as habitar para lembrar o labirinto-dor,

medida da história do Homem que ainda assombra quando,

no espelho antigo e turvo outro ser me ultrapassa, novo e risonho.

 

*Quantos duelos travámos nos monólogos que perdemos,

no Hora-a-Hora do livro em que morremos-vivendo!

Meu corpo desmesurou-se para te receber...

Por isso, estou sempre aqui...sempre por nascer...à espera de te ver!

 

 

 

©Maria Elisa Ribeiro

NOV/2016

segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

Bom dia, amigos!


 

POEMA

 POEMA em PROSA POÉTICA

POEMA
RELVA DE Sonhos
Alfabeto com que escrevo a minha presença no mundo,
tu és O tudo que os mitos retratam no Tempo,
sem conhecerem a realidade de um teu único segundo.
E eu beijo-te, sem boca…
Toco-te, sem mãos…
Afago-te com uma ternura ausente-sempre-presente,
ao despir a túnica com que a Lua me escondeu
do teu olhar profundo…]
No calendário dos dias-que-sou,
tenho a tua alegria na cor viva dos sentidos,
telas coloridas da alma intensa que te dou,
suspensa dos pincéis de requintados pintores.
Empresta-me o teu rosto…só por um momento…
…o tempo necessário para que a esperança seja verdade,
fora dos cadernos de ternos apontamentos
__________________que se debruçam sobre as palavras
__________________ que suspiram sentimentos.
Queria deitar-me a teu lado…assim…teus olhos nos meus…cabelos espalhados num travesseiro de seda, feito de brilhos de estrelas que batem, descompassadas, à vidraça das janelas.
Queria deitar-me assim…deitar-me, apenas, fora da relva dos sonhos, esses sulcos estriados da alma que se desfazem como areias violentadas pelo vento, ao mover pedras das marés, afastadas da força dos desertos.
Queria que a noite, em passos apressados, saísse do ventre das mágoas, para entrar no espaço dos meus braços-nos-teus, num sensual patamar do sono…que não sentimos…mas que sabemos…
Não saio desse tempo nem desse espaço, mesmo que um sopro de vento nos queira vencer, pelo cansaço, soprando os sonhos para longe do nosso abraço.
Queria deitar-me em lençóis-páginas-longínquas, de poemas que estão por Acontecer.
Qualquer árvore sabe a sua Hora de florescer…Qualquer pássaro sabe de cor o rumo que deve tomar, ao esvoaçar…ao correr, livre, pela sombra das nuvens…Qualquer gota de mar sabe, que é em colherinhas de relvas feitas conchinhas, que a vou beber…
Eu sei que a tua sede se pode transformar em fonte,
para me dares de beber…
Maria Elisa Ribeiro
AGOSTO/2014

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sábado, 11 de janeiro de 2025

POEMA






 A LAVRA

Acompanho meus passos pela solarenga colineta
onde posso admirar os pássaros a roubarem ramos e palhas,
com os quais percorrem as matas a anunciar a previsível primavera.
Meus olhos vêem e ouvem os sons peculiares da beleza das flores,
e o sussurro dos troncos felizes por renascerem.
Revive a alma nas palavras que os passos vão compassando.
Ouve-se já o silêncio a começar a descer as nuvens das
vertentes do entardecer da colina,
prestes a chegar à boca da noite.
Lavro meus versos,
ao som dos passos descompassados das enxadas dos cavadores
e do ronco dos tractores.
Guardo-os no meu Dentro, pois
na hora certa,
farei deles grandes senhores dos sonhos-a-viver
em memória aberta-alerta.
A terra ferida expõe, ante mim, os rasgos de sangue
onde irão viver palavras-sementes.
E será num templo de luz e dourada cor
que o fruto de todas elas abrirá para todos os seres ,em perturbado sabor !
Maria Elisa Ribeiro-foto google
JAN/020

quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

Bom Dia, meus amigos!


 





 POEMA

lesta e fugaz
bela quanto voraz
é a vida


o tempo nasce-nos e morre-nos
sem dó nem piedade
e os breves dias deixam
de existir no-nosso-Existir
nem sequer desfrutamos do tempo dado
do que sonhamos
e mal nos apercebemos
da voracidade com que o
tempo-nos-usurpa-o-TEMPO

depois a nossa existência parte breve
carregada de flores
como se fosse o Jardim onde
as plantas nascem e morrem cedo
sem que o Homem tivesse tido Tempo
de saber a verdade da mística da sua Vida

Maria Elisa Ribeiro
JAN/019

quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

 

A trasladação de Eça de Queirós para o Panteão é um “reconhecimento”, mas não beneficia particularmente o autor nem a obra, consideram dois especialistas, que lembram o papel marcante do escritor na luta contra a mentalidade provinciana de Portugal.
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