Lusibero
"As minhas palavras têm memórias ____________das palavras com que me penso, e é sempre tenso _________o momento do mistério inquietante de me escrever"
sexta-feira, 17 de janeiro de 2025
POEMA
FATIA DE
VIDA
Como ramo de
árvore que se prende a outra árvore,
Enlaço-me a
teu peito...
Tenho medo
de cair. Seguro-me aos teus olhos, mais perto do coração
Onde pouso
as minhas mãos.
Ouço o teu
arfar faminto e
deixo-me ficar suspensa desse teu
VIVER-de-VIDA.
Sinto j
á Saudades de não estar aqui DEPOIS!
Vejo-me ave
no ninho, posta aqui neste raminho
Que é teu
corpo dormente.
Saem-me da
boca palavras
que tu não
ouves mas que bem entendes.
Alongo-me a
teu jeito e sou algodão -em-rama que assim te cai no peito.
Lá fora chove mas eu vivo o meu-cá-Dentro.
É então que
invado as margens das tuas ravinas
onde o suor escorregadio do amor planta gotas
de MIM
que absorves cobiçoso numa dança sem fim!
O sol, a
pino...
As aves a
recolher...
As matas a
escurecer...
e tu vives
nosso amor no reflexo doirado
de mim, ser apaixonado.
Ao longe
sentem-se os raios de luz de uma nova aurora.
Batem nos
cortinados sem saberem a tristeza do medo de acordar
Desta Vida
Plena...
Dorme,
senhor meu que o mar turbulento ainda não te deixa acordar.
Maria Elisa
Ribeiro-PORTUGAL
TEXTO
REGISTADO
©FEV/2023
quinta-feira, 16 de janeiro de 2025
O INVERNO DA TERRA , DO AR E DO MAR
Decorre a
noite de olhos abertos, vigilantes,
A descer
lentamente, sem rotas, sobre as janelas
Que são as
estradas das montanhas a definhar de sono, à luz da lua.
As folhas dos
arbustos imobilizados sonham gotas de orvalho
refrescante,
a cairem sobre campos, terras e vidas.
Há vida,
solene e sonâmbula, nos mais estranhos meandros das serras.
Nos seus
coloridos madrugadores, em tons violeta dourado,
a aurora anuncia com toda a alegria o nascer
de um novo dia
e a fuga dos
cometas para um próximo entardecer.
Dou-me conta
de que é Inverno...mas, sem darem por isso,
floriram
rosas selvagens ao pio da vida do alvorecer.
Ao Longe,
ouço o mar que ruge---o desalmado!--- não dorme com medo de se afogar e
morrer...
Então, cheio
de ondas alterosas, atira-se contra areais e falésias,
seguro de
que não vai desaparecer!
O céu soluça
nas nuvens que o encobrem
e vai escurecendo o horizonte.
Abre-se a brisa da porta dos tempos, e por ela voam os meus sonhos,
parentes próximos das lareiras de um AMANHECER-OUTRORA que não
voltei a ter.
Ouço música no adro da Igreja (onde memorizava Vogais e Consoantes) em
noites de lua cheia...cheia como candeia acesa no mar alto, que finge ser um farol.
Perdi meu endereço,
nesse mar onde meus cabelos
parecem algas a
flutuar e
enquanto a noite avança------------avança vestida de crepúsculo,
despida de alvorada,
escura como alma assombrada.
!©Maria Elisa Ribeiro-Portugal
FEV/2015
terça-feira, 14 de janeiro de 2025
Poema...
MINHAS HORAS-GOTA-A-GOTA
*Sinto no
corpo o tempo a fluir em imagens e pensamentos
que me vão
ocupando lugares absolutamente provisórios.
E quem
nunca sentiu o corpo a mover-se ao sabor
da sua história?
É que a
história não é muda, por mais que a queiram calada,
cansada,
alquebrada...
Por mais que alguém a falseie,
a história
humana recusa-se a ficar calada!
*Há quem
diga que somos feitos de átomos... Mas um passarinho
que me
pousou nas mãos, disse-me que todos somos feitos de histórias...
A água do
rio flui a correr na glória de não voltar atrás,
porque é
para a frente que a sua vida se faz.
*AH, mas a
água do mar é diferente...Está ali, no PASSADO DO PRESENTE,
Sempre-no-FUTURO,
indiferente ,prepotente, teimosa.
Minhas
horas, escritas gota-a-gota-------(que agonia!)-------são espuma, sopro,
fumo e
vento, sangue e melodia.
*Para mais,
sabemos que temos no corpo o tempo a fluir
em imagens e
pensamentos que, languidamente,
descansam na Mensagem.
Venho de
outras distâncias e de as habitar para lembrar o labirinto-dor,
medida da
história do Homem que ainda assombra quando,
no espelho
antigo e turvo outro ser me ultrapassa, novo e risonho.
*Quantos
duelos travámos nos monólogos que perdemos,
no Hora-a-Hora
do livro em que morremos-vivendo!
Meu corpo
desmesurou-se para te receber...
Por isso,
estou sempre aqui...sempre por nascer...à espera de te ver!
©Maria Elisa Ribeiro
NOV/2016
segunda-feira, 13 de janeiro de 2025
POEMA
POEMA em PROSA POÉTICA
sábado, 11 de janeiro de 2025
POEMA
A LAVRA
quinta-feira, 9 de janeiro de 2025
POEMA