terça-feira, 15 de agosto de 2017

POEMA(OBRA REGª)










POEMA







PELE DO SENTIMENTO

Sei do meu silêncio triste, quando a alegre luz das estrelas afaga o ventre das rosas resplandecentes, que me vão cobrindo os ombros.




Dentro do peito,
sei de uma fogueira acesa
a crepitar faúlhas secas das feridas do tempo.


Como são belas, as flores!
Tão belas quanto eternas…
… como as estrelas
que, saindo do céu, me pousam sobre os cabelos,
desnudos e atrevidos, à espera das tuas mãos.




Sei da permanente inquietude desse anseio
____________________________ que os sufoca,
_______________________que bebe todas as esperanças da noite,
______________que passa a caminho da alvorada-a-romper,
________sem conhecer a pele-do-sentimento em que procuro renascer.




Sei que essa pele me esmaga as palavras com que te quero conhecer; e vive numa rosácea de trilhos labirínticos que, paulatinamente, mergulha nas profundezas da Alma-Ser…/ …lugar recôndito e místico onde as Metáforas desvendam o sentir, ao sabor dos aromas inebriantes dos nevoeiros alados, concebidos para nos proteger




.
Sei que o meu interior, místico baú-de-EU-SER, se torna o toque de um violino intenso suspenso do peso das nuvens, a cair, docemente, sobre o perfume dos gerânios e das magnólias, das rosas e dos lírios…/ de mim e de ti, desfolhado em nossos lábios rosados, quentes de sorrir…







Sinto o peso do silêncio que de ti fala, quando te pulsa nas veias…
Amo o que o vento murmura, quando te deitas nas areias…
Adoro o papel mágico onde desenho dois corações
no corpo das palavras, que se aliam À ESPERA do olho da LUA-CHEIA…




Sei que TUDO não é mais, que a pele-do-sentimento das minhas sensuais ideias…




Maria Elisa Ribeiro
FEV/015

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