quarta-feira, 15 de março de 2017

POEMA meu(OBRA REGª)

















POEMA

DIZEM…

Dizem, que o amor é cego…
Dizem, que é cega a Justiça…
Dizem que o Sol nos cega e que, para além de tudo isso,
_______é preciso ter uma fé cega em toda esta cegueira!
Parte de mim, pensa para a frente; outra parte, parece pensar para trás…
O Tempo corre em direcções- opostas-em- simultâneo…
O Tempo próximo será o Passado de um Futuro-que-vai-sendo.

O mundo abre-se ao sorrir das madrugadas
e eu derramo-me sobre o vigor das alvoradas.
_______Sorrio com o sol e celebro o momento em que
________o Humor Cósmico explode no riso do vento a acariciar o mundo,
__________assobiando ao ouvido das árvores que afagam
____________a cintura das colinas, quando lhes despertam os sentidos.

E a Liberdade está do outro lado da porta da vida,
no odor das lufadas de ar fresco que nos põem em sentido
quando, de nós, fazem aquilo que realmente somos
………reais-irreais ……
………. puras-incógnitas-existenciais…….

( Suspeito, no entanto, que nenhum de nós quer, apenas, ser real …
Quem não sonha para aliviar o peso duro da realidade?)

O poeta deleita-se em jogos de contradição da verdade. Guerreiro ao dispor da Palavra, levanta bem alto a assunção da sua condição de homem livre, numa luta de fé que lhe permite unir sílabas em lexemas, que dão versos de amor à sua própria humanidade. Planta nespereiras ( quando é petiz), colhe frutos de raiz, beija nuvens, recolhe pétalas de flores, bebe águas de nascentes…Deixa tudo, depois, lenta e inexoravelmente, num canto da infância, abandonado ao tempo em que tudo pode ser alimento de um qualquer pássaro feliz. Nada importa, desde que a Liberdade seja e veja…E é nos versos de um poeta que toda a luz se torna mais viva e mais rica, quando alimenta e seduz.

Maria Elisa Ribeiro
JAN/015
Foto google

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