quarta-feira, 22 de março de 2017

Poema meu (OBRA REGª)








Poema




SERÁ FILOSOFIA DA ESCRITA?

mundo-mar-de-letras_____mundo-onda-de-léxico
mundo-nascente-de-sílabas____mundo-poema-verdade


Arrebatado léxico em momentos de magnitude única…
…tantos, que desconheço o que se segue
quando, vivos dentro da caneta,
os ponho, a esses momentos,
no mundo em que me movo-a- esperar- o dia novo.

De mim, sairá o que-Me-gravo-no-Momento…
Roubo-me letras e sílabas-sons-de música
e de vida
que Me escondo dentro de lexemas,
na contemplativa esperança de ver surgir os poemas.

Junto as letras, vejo sílabas…
Ao acaso as reúno num silêncio atado ao papel
com a força de um laço místico.
As palavras revelam-se enigmáticas flores, místicas… irreais,
na mais bela realidade de um texto-a-nascer

____são rosas azuis
_____malmequeres rubros
______papoulas amarelas e cravos cinzentos…

BELEZAS DA DETURPAÇÃO TOTAL DA REALIDADE LEXICAL!

Oh pedras sem vida a conceder vida
à catedral interpessoal-de-MIM!

Oh Milão ,catedral-Poema imortal, delirante
fuga de uma sinfonia do último instante
de um segundo,
da hora do crepúsculo-magia!

Oh Chartres, ritual do silêncio,
poesia em vestes de pedra branca nos olhos brilhantes
de qualquer novo dia em rito
de espiritual-aroma-poesia!

Maria Elisa Ribeiro

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