domingo, 15 de janeiro de 2017

Poema meu (OBRA REGª)
















Poema:

POEMA

TU-ÉS-COMO-SÓ-TU!

Surgem-me palavras a todo o momento, no meio
______de nada, no meio de tudo…assim…naturalmente.
_____________Fundo-me com elas no meio do pensamento.

Surgem-me tantas palavras...
___________palavras desassossegadas que não se acomodam
_________________às fantasias que ouso de ti…
na verdade, as palavras não se querem calmas
monótonas ou reverentes…
elas devem aparecer apressadas, nervosas, irreverentes,
porque é assim que escrevo sobre ti,
sobre os mistérios, milagres e enigmas dos nossos momentos
enleados e envolventes.

É assim que escrevo, quando escrevo sobre ti…
________…é assim que te respiro ao amar as memórias dos excessos
___________daquele nosso Tempo…
______________…aquele em que vivemos correntes quentes do vento
___________________em que, ingénuos, nos respirámos.

Eterno, o mar chama. O Outro mar--------o do nosso sentir…

E não há margens para nós
que o enfrentamos com a ousadia de quem ama,
languidamente estendidos no areal de espuma branca
onde não estamos…onde, por breves segundos, nas mãos que nos não damos, estão palavras ousadas
e irreverentes.
De olhos fechados às correntes de sol escaldante,
sonho que vamos em frente como outros navegantes, e encontramos
florestas inteiras, ilhas misteriosas de tão verdadeiras, serras aromáticas,
atalhos de terra batida com sementes a fermentar num ventre de sinfonias…

Sabes? TU-és-como-só-TU!
Com que outras palavras te posso definir,
quando até o NADA-em-ti-é-TUDO?
Então sei por que nestes dias a Teu-lado-Ausente
consigo ouvir pianos ao escurecer da vida do mar-na-terra…
E, até sei, porque tocam violinos no crepúsculo das ondas,
quando o mar está em guerra…
….é porque me dás as mãos
…me afagas os cabelos
…me falas aos ouvidos palavras desassossegadas
que estão cá dentro guardadas, irreverentes, ousadas…

Maria Elisa Ribeiro
JAN/016

Sem comentários:

Enviar um comentário