Poema
É ÓBVIO?
Foste embora…
…mas senti, que não chegaste a partir…
Evadi-me de mim-mesma, cerrei as pálpebras…
…ouvi um canto que me chamava
mas o meu não se fazia ouvir…
Alheei-me do sonho que sonhavas nas minhas pálpebras
fechadas, e esqueci as letras e as sílabas
para construir o poema de quando os olhos
nos tremiam, só de nos olharmos.
…mas senti, que não chegaste a partir…
Evadi-me de mim-mesma, cerrei as pálpebras…
…ouvi um canto que me chamava
mas o meu não se fazia ouvir…
Alheei-me do sonho que sonhavas nas minhas pálpebras
fechadas, e esqueci as letras e as sílabas
para construir o poema de quando os olhos
nos tremiam, só de nos olharmos.
É óbvio que, um dia, pode suceder que redescubramos
o fogo antigo dos sobressaltos das nossas mãos apertadas
àquelas pétalas da rosa carmim, desabrochadas…
…mesmo que não aqui…mesmo que sem Mim e sem Ti…
o fogo antigo dos sobressaltos das nossas mãos apertadas
àquelas pétalas da rosa carmim, desabrochadas…
…mesmo que não aqui…mesmo que sem Mim e sem Ti…
É óbvio? Não tanto assim…
Tudo mudou, no entretanto de Nós…
Muitos caminhos se perderam
ao despertarem em momentos de outras eras.
Tudo mudou, no entretanto de Nós…
Muitos caminhos se perderam
ao despertarem em momentos de outras eras.
As rosas abertas e coloridas foram mudando de lugar.
Os pássaros não são os mesmos, que por aqui voavam,
mas andam pelos nossos ares a revoltear
Os pássaros não são os mesmos, que por aqui voavam,
mas andam pelos nossos ares a revoltear
Quando foste embora
partiste, verdadeiramente, afinal…
…e eu já não cerro as pálpebras para te sonhar…
partiste, verdadeiramente, afinal…
…e eu já não cerro as pálpebras para te sonhar…
Assim, como é óbvio, já posso escrever o poema
cujas palavras andaram perdidas, pelos tempos, a esperar.
cujas palavras andaram perdidas, pelos tempos, a esperar.
Maria Elisa Ribeiro
NOV/015
NOV/015
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