sábado, 17 de dezembro de 2016

Poema meu REGº











POEMA
A SAUDADE…


A saudade erigiu penedos
nas áleas do contentamento…

.não encontro, hoje, as tuas mãos.

!cheira-me a lágrimas, o ar que circula em minhas veias!
.épico fervilhar de ideias a lembrar as teias
em que outrora nos enredámos.
.pasmada grandeza do balançar das ondas
desse mar revolto em que mergulhámos.

.maresia de espumas obsessivas…
.navegar sem alma…
.ilhas sonhadas, num além frustrado…
.horas sem poente…sonho apagado…

! Saudade-doença-das-vidas!

Dislexia da euforia
transmutada em agonia dos genes revoltados!
ONTEM vivia nas tuas mãos,
desafiava os teus sentidos,
percorria as tuas veias,
sentia-te a balouçar nos meus desejos,
qual navio encalhado no centro do mar…
ONTEM…EU ERA o teu respirar…

Hoje, respiro POESIA, VIVO em função das Palavras,
meu mar e minha agonia…minha alegria , também.
Dentro de meu peito, num estertor do sonho,
aparece o meu poema, obra de rara beleza
por ser a chama da minha pureza, no lapidar das emoções…
Nada é mais belo que o sonho de nada ser mais belo que EU…
Saudade é pronunciar teu nome, sem dor, continuando a caminhar
nas rosas rubras da ilusão, onde escondo sentimentos…

Uma estrada longa estende-se por cima da minha página amarelada,
onde, depois de ti, SÓ EU…
A saudade permanece, numa montanha onde o sol não nasceu…

ABR/011

Maria Elisa Ribeiro




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