quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Poema meu (Obra Regª)





POEMA:

DE AMOR…

Repousa a cabeça no meu colo quente…
Fecha os olhos para que o sol alto
não fira teus olhos dormentes…
Deixa que meus braços te mantenham num equilíbrio emocional,
que os dedos sentem nos poros que continuam a respirar-te.


Não fales…ouve a voz da Natureza…ouve os pássaros
que passam por nós a saudar-nos, sem nos verem…
sente o odor das flores a derramarem cores…
Se a montanha, de vida no ventre, pode viver sem falar,
por que a não ouvimos só a respirar?

Ouve esta aragem que o vento, lentamente, nos faz chegar…
Esta brisa perturbante que nos ondula o cabelo
Como quando passa rasante por uma seara quente…
esse mar embriagado de semente ousada e crescente

Depois, sem que eu conte, abraça-me…
…diz-me do perfume natural da minha pele ardente
colada a teu peito de um modo tão presente…

Podes ciciar loucuras ao meu ouvido…
… eu saberei responder-te com um vocabulário desconhecido,
que só tu e as abelhas loucas podem compreender…

Abraça-me, sim, com a força tonta do amor
…e juro-te que , se o mar nos vir e ouvir
nada tentará fazer para nos separar.

Maria Elisa Ribeiro
Fev/016




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