domingo, 4 de dezembro de 2016

Poema meu (Obra Regª)































POEMA:


ORLAS DE ETERNIDADE


Foi profundo
o espaço-do-tempo de todas as inocências
do Existir.
Resta ao homem,
ser na essência da clarividência da verdade,
a realidade-Acontecer.
O poeta acorda e senta-se na mão do sol,
que se prende à raiz subcutânea
da verde orgânica-matriz!
Nas pétalas das flores e nas copas das árvores,
fixam-se as sílabas que rebentam a vida telúrica
da terra-ventre-
vida-raíz.
Então, o universo, numa orla de eternidade,
apressa-se a caber no poema,
tal como cabe o mar no mistério-terreno.

E eu, parada numa ilha da claridade

à beira de uma antiga realidade,

oiço, nas vielas empedradas do continente-cais,


guitarras a chorar saudades,

que ficaram retidas nos palmeirais!

E aprendo que o vento move as caravelas,

ao som do sol das estreitas ruelas!

Nasci com a incumbência de ir-apanhando-rosas pelos espinhos da errância…essa vaga tormentosa…
No Verbo do poema está a minha Urgência! No seu Corpo… a minha essência…


Maria Elisa Ribeiro-OUT/012- Portugal

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