"As minhas palavras têm memórias ____________das palavras com que me penso, e é sempre tenso _________o momento do mistério inquietante de me escrever"
segunda-feira, 5 de dezembro de 2016
De José Lagiosa in beiranews.pt
José Lagiosa
Em 5 de Dezembro de 2016
No rescaldo do referendo italiano: – Que União Europeia estamos a construir?
Surgem na União Europeia partidos e movimentos extremistas de direita e de esquerda, nacionalistas, anti-europeístas, populistas, disseminadores do ódio e pregadores de uma nova ordem.
António Marafuga
A União Europeia começou a desagregar-se, estando em curso o Brexit e podendo alinhar na calha da desagregação a Itália, a Holanda, a Áustria e a Hungria.
E tudo isto porque a União Europeia virou, desde pelo menos há 15 anos, numa construção política, económica e social de protecção de banqueiros e especuladores financeiros (os tais ditos ‘mercados’).
Tudo o que importa à União Europeia é as dívidas e o orçamentos dos seus Estados membros numa perspectiva meramente financeira, saber se os Estados têm “almofadas” para socorrer os bancos financeiramente, recapitalizar os bancos… sendo-lhe indiferente dossiers como a saúde, a educação, a cultura, a solidariedade social, o emprego e as condições ambientais dos respectivos cidadãos de cada Estado e até a produtividade e competitividade das respectivas empresas.
Estima-se a população na União Europeia em mais de 500 milhões de cidadãos.
Pessoalmente, tenho as minhas dúvidas que existam 5 milhões de banqueiros e de especuladores financeiros na União Europeia.
Isto quer dizer que temos uma União Europeia preocupada com a defesa dos interesses e benefícios de 1% dos seus cidadãos e completamente indiferente ao destino dos restantes 99% dos seus cidadãos.
É este sentimento de desinteresse que é sentido pelas populações e que está a ser aproveitado e explorado pela propaganda dos partidos e movimentos extremistas de direita e de esquerda, nacionalistas, anti-europeístas, populistas, disseminadores do ódio e pregadores de uma nova ordem.
Não é combatendo estes partidos e movimentos extremistas que a batalha será ganha.
A batalha será ganha quando as políticas na União Europeia forem de construção de uma Europa dos cidadãos e da cidadania e não dos banqueiros e especuladores financeiros, quando a saúde, a educação, a cultura, a solidariedade social, o emprego e as condições ambientais dos respectivos cidadãos de cada Estado e até a produtividade e competitividade das respectivas empresas forem os objectivos primeiros da União Europeia.
E esta mudança de políticas tem de acontecer, se quisermos que os “exits” não aconteçam no futuro
António Marafuga, advogado e membro Conselho jurisdicional do PURP
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