quinta-feira, 7 de maio de 2015

Poema: (obra regª)



POEMA: INDEFINIDOS (II)



INDEFINIDOS (II)



um halo de ressonâncias emocionais exacerbadas…
um encantamento de coisa tristemente divertida….
um percorrer prenúncios para atingir os fins…
uma melancolia pelo esgotar de um tempo
num espírito que se esvai…


o Inverno aproxima mais e mais o apogeu do poder
da geração das flores.
A Primavera não se cansa nunca de desabrochar
a narrativa das cores.


um silencioso desespero de odores…
um caminhar perdido, deambulante, sem rumo…
uma espera na confiança disfarçada de ironia…
um vazio de não saber o que fazer da compilação de sinais,
que leva ao encher do rio.

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Um preâmbulo poético permite o acompanhar a infância,
na sua entrada na adolescência –do- futuro- caminho.

E um filme de meu corpo fixa-se nos sentidos
a registar pontos da situação da Passagem…

Leve aragem premonitória do EU-que-vive-em-MIM…
Fluido inconstante do real e da memória, de uma história afim…


Há horas mortas nos canais do mar e vida nervosa na calma do areal!
Longínquo rumor de ansiedade leva as ondas a repousar
na maresia dos batéis
que romperam águas de sal, num simulacro de cena-original.
Minha força-vulnerável…
Meu fragmento a sorrir- ao- devir –do- desabrochar oscilante…
…quase canónico,
da rosa-rubra-simbólica!


Maria Elisa Ribeiro

013-MRÇ-

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