sábado, 31 de agosto de 2013

D. Manuel I, o "BEM AVENTURADO"-(HISTÓRIA de PORTUGAL)














(Foi no seu reinado que, nos finais do Século XV, Vasco da Gama chegou com a frota portuguesa, à ÍNDIA.

O rei foi notado, igualmente, pela perseguição movida contra os Judeus e Muçulmanos, no cumprimento de uma cláusula do seu casamento com a infanta de Espanha, filha dos reis católicos.




"Aventurado" ou "Venturoso" também porque ,depois da morte de D.João II, um conjunto de factos estranhos excepcionais afastou ,creio que sete dos familiares do mesmo rei, chegando a este D. Manuel, a sorte de ser considerado um sucessor digno do "Príncipe Perfeito", D. João II.)









Política externa e descobrimentos[editar]







Esfera armilar, divisa de D. Manuel I conferida por D. João II que, tendo escrito no meridiano"Spera Mundi" foi, mais tarde, interpretada como sinal de um desígnio divino para o reinado de D. Manuel, Igreja Matriz da Golegã


Aclamado em 27 de Outubro de 1495, D. Manuel I provou ser um sucessor à altura, apoiando os descobrimentos portugueses e o desenvolvimento dos monopólios comerciais. Durante seu reinado, Vasco da Gama descobriu o caminho marítimo para a Índia(1498), Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil (1500), D. Francisco de Almeida tornou-se no primeiro vice-rei da Índia (1505) e o almirante D. Afonso de Albuquerque assegurou o controlo das rotas comerciais do oceano Índico e golfo Pérsico e conquistou para Portugal lugares importantes como Malaca, Goa e Ormuz.


Também no seu reinado organizam-se viagens para ocidente, tendo-se chegado à Gronelândia e à Terra Nova. O seu reinado decorreu num «contexto expansionista, já preparado por seu antecessor - e marcado pela descoberta do caminho marítimo para a Índia em 1498 e pelas consequências políticas e económicas que advieram deste facto».1


A extensão de seu reinado «permite surpreender nele uma personagem determinada, teimosa, voluntariosa, autocrática, detentora de um programa político de potenciação do seu poder dotado de uma assombrosa coerência, posto em prática até ao seu mais ínfimo detalhe.


D. Manuel I opta por uma política de expansão indiana e põe em prática os seus princípios, criando a oportunidade para a realização da viagem de Vasco da Gama em 1497, contra, ao que parece, a oposição de parte do seu conselho. Escolhe, ainda, a via da inversão pró-aristocrática, ou seja, de restauração de privilégios e direitos antes postos em causa e isto certamente por opção política de Estado. O rei edifica, igualmente, um Estado que prenuncia em boa medida o absolutismo régio e o governoiluminado, por contraponto, aliás, ao problemático e agitado centralismo do seu antecessor D. João II.1


Tudo isto contribuiu para a constituição do Império Português, fazendo de Portugal um dos países mais ricos e poderosos da Europa. D. Manuel I utilizou a riqueza obtida pelo comércio para construir edifícios reais, no que se chamaria muito posteriormente estilo manuelino, dos que são exemplo o Mosteiro dos Jerónimos e a Torre de Belém. Atraiu cientistas para a corte de Lisboa e estabeleceram-se tratados comerciais e relações diplomáticas com a China e a Pérsia, além de que, em Marrocos, realizaram-se conquistas como Safim, Azamor e Agadir.


A sua completa consagração europeia deu-se com a aparatosa embaixada em 1514, chefiada por Tristão da Cunha, enviando ao papa Leão X presentes magníficos como pedrarias, tecidos e jóias. Dos animais raros, destacaram-se um cavalo persa e um elefante, chamado Hanno, doravante mascote do papa, que executava várias habilidades. Mas uma das inúmeras novidades que encantaram os espíritos curiosos das cortes europeias da época terá sido sem dúvida o rinoceronte trazido das Índias, que assumiu, então, um papel preponderante na arte italiana.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

O NOVO "CHUMBO DO TRIBUNAL CONSTITUCIONAL" AO DESGOVERNO PORTUGUÊS






PARTICIPEI, OUVINDO E VENDO O PROGRAMA, ABAIXO REFERIDO, EM DIRECTO; TAMBÉM VI O "OPINIÃO PÚBLICA" DA TVI24.
 É UM DÓ OUVIR GENTE QUE ESTÁ A SOFRER COMO ESTAMOS NÓS, PORTUGUESES!
 ALGUÉM, MUITO DESESPERADO, AVENTOU A IDEIA DE QUE ESTE POVO TEM QUE SE MEXER E INVADIR, CONSTANTEMENTE, AS GALERIAS DO PARLAMENTO, PARA IMPEDIR A APROVAÇÃO DE LEIS CONTRA O POVO!
 O PARLAMENTO É DO POVO, E COMO NÃO ESTÁ A SER A CASA DA DEMOCRACIA, PENSO QUE SEJA HORA DE MANDAR EMBORA, COM UMA MANIFESTAÇÃO COMO A DO ANTERIOR MÊS DE SETEMBRO, OS MEDÍOCRES DITADORES DO FMI!!!!
 ABAIXO OS DITADORES DOS POBRES DA EUROPA!
 PORTUGAL NUNCA DEIXOU DE PAGAR AS SUAS DÍVIDAS! DEVE TER TEMPO PARA O FAZER, COM HUMANISMO!
 PORTUGAL JÁ TEM O SALÁRIO MÍNIMO -MAIS-MÍNIMO DA EUROPA!
 POR QUE É QUE A ALEMANHA NÃO PAGOU AS SUAS DÍVIDAS DE GUERRA?
 TALVEZ POR ISSO, A GRÉCIA JÁ VAI NO 3º RESGATE E OS PORTUGUESES TÊM QUE MORRER , SEM AJUDAS, POR PARTE DOS CHAMADOS PAÍSES DO "NORTE"!
FORÇA, MEU POVO!
SOMOS NAÇÃO INDEPENDENTE, COM CRÉDITOS CONHECIDOS QUE DEU NOVOS MUNDOS AO MUNDO, HÁ 900 ANOS!
COM QUE DIREITO VEM O FMI EXIGIR QUE SE BAIXEM MAIS OS SALÁRIOS E AS PENSÕES DE QUEM DESCONTOU QUASE 40 ANOS, PARA A SUA REFORMA? A ALEMANHA JÁ GANHOU , COM A CRISE DOS PAÍSES POBRES DA EUROPA, MAIS DE 41 MIL MILHÓES DE EUROS!
DEPOIS DA IIa GUERRA VIU-LHE PERDOADOS MAIS DE DOIS TERÇOS DA SUA DÍVIDA AO MUNDO! TALVEZ A GRÉCIA NÃO ESTIVESSE COMO ESTÁ SE EXIGISSE O PAGAMENTO DESSE DINHEIRO QUE COM ELES GASTOU!

Opinião Pública 17h – Salários em Portugal

Teve cortes no seu rendimento nos últimos tempos? Faz sentido que o FMI coloque de novo em cima da mesa a ideia de uma redução de salários em Portugal? A solução para o desemprego passa, ou não, por salários mais baixos? E que consequências poderá ter para a nossa economia uma política de baixos salários?

Participe com o seu comentário aqui: http://on.fb.me/RkVhFa
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POEMA : CONFISSÃO








POEMA:

CONFISSÃO…


…confesso que deixei teu sol beijar-me, ao luar da minha ingenuidade…
…que me deitei num leito de ervas macias, apertada na poesia dos teus braços
…que o céu de Agosto era tão belo e brilhante, como diamante azul transparente.

…confesso que me banhei no ribeiro que fazia do nosso amor
verdadeira obra-de-arte, em cambiantes de rumor e cor…
…e que me perdi a naufragar nas tuas ondas de veludo-
…porque, para mim, eras TUDO!

...mais confesso, sem sombras de arrependimento, que amei!

…e agora, que fazer desta escuridão involuntária, desta angústia presa ao corpo-que-pede-luz? -……… traidoras janelas abertas que me mostrais a beleza que deveis esconder ………e vós, estrelas cintilantes, que brilhais mesmo sem vos poder tocar?

Distantes árvores da infância que vos instalais nas palavras do alvorecer, como foi possível passar-vos por cima, sem dar conta de que o madrugar termina ao anoitecer?
Por que me dói o milagre da claridade que-em-mim-quer-aparecer?
Sei que a noite (a ter existido), foi um erro de perspectivas das ilusões das nossas sombras, perdidas no entrelaçar das mãos, quando a geografia do meu corpo transformava a poesia em colapso dos sentidos***e hoje o mundo fugiu para os descuidos em que as horas se perdem a voar nas asas do tempo***daí, a escuridão da angústia que pede-luz-ao-meu-corpo!

Mas…o que se pode saber do amor, quando o Ser desabrocha, como rocha-a-abrir no seio de uma rosa a florir?


Maria Elisa Rodrigues Ribeiro
(Marilisa Ribeiro)
REG:CR-MQC-44/AGT/013

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

O pensamento de Virginia Woolf(1882-1941)- através de recantodasletras.com.br




..."Li tempos atrás um texto sob o título “A possível genialidade feminina”, baseado no pensamento do filósofo espanhol Ortega y Gasset, inserido no seu livro “Antropologia Filosófica”, onde pela visão do citado filósofo são ressaltadas as incontáveis diferenças entre o homem e a mulher.

Longe de mim querer estabelecer uma contraposição aos argumentos (ad judicium?) de Juliás Marías . Desejo apenas justapor o pensamento de uma mulher intelectual, que tem o seu lugar entre os imortais da literatura Universal. Trata-se de Virgínia Woolf.

Os que conhecem a história de Virgínia Woolf sabem o quanto ela foi uma mulher solitária, que passava dias e dias entristecida. Casou-se em 1912, com o jornalista Leonard Woolf, nunca se sentiu uma dona de casa, pois como dissera, pretendia viver como uma intelectual, lutando através de seus escritos, pela libertação da mulher. E a figura feminina como protagonista é uma constante na obra da escritora, onde a teoria do romance convencional é abandonada para dar lugar ao estudo da existência do espírito.

Assim, no romance Mrs. Dalloway (1925), na concepção de Virgínia, o universo feminino encontra-se repartido em dois: de um lado, estão as mulheres ativas e livres, que conseguem afirmarem-se sozinhas e demonstram sua autoridade no relacionamento familiar, social e político; de outro estão as submissas, introvertidas e insatisfeitas.

Para Virgínia, e isto ela demonstra através de seus romances, que o casamento não é uma solução feliz (?): é tão-somente, aceitação social da obediência ou do hábito do que uma aventura de prazeres aceitada livremente pelo homem e pela mulher. O homem procura na mulher o reflexo de sua própria imagem. Por outro lado, a mulher, privada de um contato mais real com o trabalho e a ação, refugia-se na fantasia.

Também é questionado o que entendem por felicidade o homem e a mulher e tem quem afirme que seria o mesmo alvo para ambos.

Virgínia, - que é um pouco de cada personagem sua – não acredita na possibilidade da integração. Existe uma solidão eterna, mesmo para os seres que se amam e que vivem juntos. Cada um de um lado, homem e mulher perseguem isoladamente seus sonhos.

Outro tema polêmico está retratado em “Orlando” (1928) onde Virgínia criou um ser fantástico, com os dois sexos. Segundo a escritora, enquanto as vestimentas conservam uma aparência masculina ou feminina, por baixo delas o sexo profundo desmente o superficial. Seria a mistura de dois elementos, o homem e a mulher, cada um deles sobrepujando o outro em momentos diferentes."...

terça-feira, 27 de agosto de 2013

O Reinado de D.Dinis, 6º rei de Portugal-1ª Dinastia

D. Dinis


D. Dinis
D. Dinis

Sexto rei de Portugal. 
Filho de D. Afonso III a de D. Beatriz de Castela. A doença de seu pai preparou-o bem cedo para governar.
Foi aclamado em Lisboa em 1279, para iniciar um longo reinado de 46 anos, inteligente e progressivo. Lutou contra os privilégios que limitavam a sua autoridade. Em 1282 estabeleceu que só junto do rei a das Cortes se podiam fazer as apelações de quaisquer juízes, a um ano depois revogou doações feitas antes da maioridade. Em 1284 recorreu às inquirições, a que outras se seguiram. Em 1290 foram condenadas todas as usurpações. 
Quando subiu ao trono, estava a coroa em litígio com a Santa Sé motivado por abusos do clero em relação à propriedade real. D. Dinis por acordo diplomático, obteve a concordata após a qual os litígios passaram a ser resolvidos pelo rei a os seus prelados. Apoiou os cavaleiros portugueses da Ordem de Santiago, que pretendiam separar-se do seu mestre castelhano. Salvou a Ordem dos Templários em Portugal, passando a chamar‑Ihes Ordem de Cristo. 
Travou guerra com Castela, mas dela desistiu depois de obter as vilas de Moura a Serpa, territórios para lá do Guadiana e a reforma das fronteiras de Ribacoa. Percorreu cidades a vilas, em que fortificou os seus direitos, zelou pela justiça a organizou a defesa em todas as comarcas. Fomentou todos os meios de uma riqueza nacional, na extracção de prata, estanho, ferro, exigindo em troca um quinto do minério a um décimo de ferro puro. Desenvolveu as feiras, protegeu a exportação de produtos agrícolas para a Flandres, Inglaterra e França. Exportações que abrangiam ainda sal e peixe salgado. Em troca vinham minérios e tecidos. Estabeleceu com a Inglaterra um tratado de comércio, em 1308. Foi o grande impulsionador da nossa marinha, embora fosse à agricultura que dedicou maior atenção. A exploração das terras estava na posse das ordens religiosas. D. Dinis procurou interessar nelas todo o povo, pelo que facilitou distribuições de terras. Fundou aldeias, estabeleceu toda uma série de preciosas medidas tendentes a fomentarem a agricultura, adoptando vários sistemas consoante as regiões a as províncias. 
Deve-se ainda a D. Dinis um grande impulso na cultura nacional. Entre várias medidas tomadas, deve citar-se a Magna Charta Priveligiorum, primeiro estatuto da Universidade, a tradução de muitas obras, etc. 
A sua corte foi um dos centros literários mais notáveis da Península.

Ficha genealógica:
D. Dinis, nasceu em 9 de Outubro de 1261, e morreu em Santarém a 7 de Janeiro de 1325. Casou em 1288 com D. Isabel (nasceu em Saragoça, 1270; morreu em Estremoz a 4 de Julho de 1336; enterrada em Santa Clara de Coimbra), filha de Pedro III e de D. Constança, reis de Aragão. Tiveram a seguinte descendência:
1. D. Constança (n. em 3 de Janeiro de 1290; casou em 1307 com Fernando IV, rei de Castela; f. a 18 de Novembro de 1313);
2. D. Afonso IV, que herdou a coroa.
De várias mulheres teve D. Dinis os seguintes filhos:
3. D. Pedro Afonso, nasceu ao redor de 1280; foi conde de Barcelos; morreu em Lalim, c. 1354);
4. D. Afonso Sanches, nasceu 1288; morreu em Vila do Conde, 1329. Filho de Aldonça Rodrigues Telha, foi senhor de Albuquerque em Castela; jaz no Mosteiro de Santa Clara de Vila do Conde;
5. D. Pedro Afonso, nasceu e morreu em data incerta. Casou com D. Maria Mendes, crendo-se que foi sepultado na Capela de Santa Isabel da Sé de Lisboa;
6. D. João Afonso, nasceu em data incerta; degolado em 4 de Junho de 1325. Filho de D. Maria Pires, «huma boa dona do Porto de Gança»; foi legitimado a 13 de Abril de 1317; foi senhor de Lousã a Arouce; casou com D. Joana Ponce, de família asturiana;
7. D. Fernão Sanches,  que nasceu e morreu em data incerta. Casou com D. Froilhe Anes de Besteiros;
8. D. Maria Afonso, nasceu e morreu em data incerta. Filha de D. Marinha Gomes, mulher nobre de Lisboa; casou com D. João de Lacerda, fidalgo castelhano;
9. D. Maria Afonso, nasceu em data incerta; morreu em 1320. Foi religiosa no Convento de Odivelas, tendo deixado fama de santidade.
Fontes:
Joel Serrão (dir.)
Pequeno Dicionário de História de Portugal,
Lisboa, Iniciativas Editoriais, 1976

Joaquim Veríssimo Serrão,
História de Portugal, Volume I: Estado, Pátria e Nação (1080-1415),
2.ª ed., Lisboa, Verbo, 1978


POEMA: TAPETE-PARA-O-INFINITO...








TAPETE-PARA-O-INFINITO

Quando a noite aparece, uma nova vida resplandece
no seio das florestas, inundadas de novos rumores.
Uivos do vento…nuvens a galope…estrelas a abrirem os olhos…
…animais do escuro a saltarem espaços…gargalhadas de folhas a adormecer…
…tapetes de ervas a aportar do infinito da vida, para descansarem
ao lado de flores silvestres, nascidas aos molhos, à vista de todos os
inevitáveis naturais escolhos…

Meto a noite num poema, onde meu -ser-vai-sendo uma melodia
em que acredito, mas que não consegui completar…

Noite rumorosa de cantatas indisciplinadas, sem pautas de notas ordenadas.

Amo as aves aladas que rasam copas das árvores a cantar
o que no poema me é difícil dizer…
Canto-me no choro da antiguidade de uma outra idade onde foi difícil-ser…
…a dos deuses perfeitos tão imperfeitos…mais que perfeitos…passados!-
-sem futuros anunciados…

(BRELL partiu num tapete-para-o-infinito de um “Ne me quites pas”, que grito!)

O vento sopra para além dos horizontes visuais e eu vou juntando sílabas virtuais
numa história de sentimentos,
nas vivências-eixos-vitais dos meus pontos de interrogação, que não têm pontos finais!

E o infinito sente-se na floresta nos tapetes de sons tecidos,
aromáticos , garridos, dos vulcões de sentidos, das sombras em movimento.

Chega a aurora num tapete de luz…
Voltam os rouxinóis a esvoaçar, cantando, sob o sol, que reluz.
Perfumo a alma e saio vestida de Primavera num tapete para o infinito
do abrir das flores , das verdes ramas a sorver odores de maresia campal,
do som dos ribeiros a deslizar no meio do seu leito nupcial,
a caminho do infinito-mar…

O infinito é tão vago…

Maria Elisa R. Ribeiro

Marilisa Ribeiro-VDS-OUT/012-CP 15

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

JORGE de SENA:







Através de WWW.lerjorgedesens.letras.ufrj.br
(sobre Jorge de Sena) 

..."Não. Nem de saber nem de viver se vive.
Sem princípio e sem fim, na estrita Natureza,
geram-se os homens, matam-se ou dissolvem-se,
os olhos revirando para céus vazios.
E tudo quanto podem, ousados, possam:
Todas as leis são lei, e lei não há nenhuma."


Nega-se aquilo que habitualmente é considerado positivo, um significado vulgar de “vida”, que tanto é apresentado como uma relação entre saber e viver, que faz depender este daquele, como apresentado enquanto viver imediato, um viver natural, primordial. Na redução que corresponde a cada um desses termos, ou à sua complementaridade, a experiência única que “se vive” é anulada. O saber-viver é entrincheiramento num imanentismo que pretendendo-se auto-sustentado, ignora a sua cumplicidade com uma transcendência, pressuposta no entanto como centro de emanação de poder, centro ordenador. Trata-se de perseverar no (pelo) poder da “estrita Natureza”, mesmo que para tal se inventem e adorem deuses colocados acima do suposto alcance humano – “os olhos revirando para céus vazios”.(...)

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

REFLEXÃO, AO ANOITECER...








REFLEXÃO, AO ANOITECER...


Quando escrevo, procuro libertar-me de "pesos" desagradáveis, porque as Palavras são lindas e falam-me de maravilhas que ainda não conheço.Os desagrados da vida e as coisas que me torturam não desaparecem , só porque escrevo...mas a escrita tem o condão de as desvanecer e de me iludir-sem-ilusões.Cada Palavra que uso, impõe-se-em-mim e subsiste, para que eu vá conhecendo o mundo, que interrogo , permanentemente, mesmo sem dizer uma delas. O cérebro fala por mim-comigo e eu encontro-me com as minhas verdades, as minhas mentiras, as ilusões , as utopias...Hoje, sou o que não sabia-se-seria...
Hoje, chorei de tristeza, porque -coisa banal-que pode acontecer, matei , sem querer, os peixinhos do meu lindo aquário. Enganei-me no bactericida e todos morreram.
Ora este facto que pode parecer uma banalidade, para mim foi uma tristeza, porque amo a Vida, todas as formas de vida e, nas noites mais solitárias, "falo" com os peixinhos que estão na minha frente e , ao vê-los revoltear pelo espaço de vidro, amplo, sinto-me serena e meditativa.
Rodeia-me a música na pessoa dos meus livros, acarinhados pelas plantas que se deliciam com os acordes de Chopin, de Bach, de Schuman...
A casa descansa...As paredes , que me ouvem os desabafos das injustiças e das raivas com que as vivo,aconchegam-me ...
Todas as noites tenho a honra de ser convidada para um sarau -em-que-actuo-para-mim, a pensar em todos.
Penso que vivo porque Existo...Sim, porque "viver" não é o mesmo que "Existir"...
Um destes dias, veio ter comigo o grande TEIXEIRA DE PASCOAES, através da sua obra "Livro de Memórias". Guardei para vós , meus amigos, a par da tristeza da morte dos meus peixinhos, um extracto de um poema seu, que diz , assim:" E o teu retrato, Leonor?Se eu conseguisse expô-lo, cá fora, ao sol, conforme te tenho pintado, na lembrança?E, todavia, nunca exististe...(...) Mas VIVES em Mim, na verdade..."
A Prova de que Viver é diverso de Existir...Virão novos peixinhos, mas foi com outros que já falei tanto...


Mealhada,23 de Agosto de 2013

Maria Elisa Rodrigues Ribeiro

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

REFLEXÃO, AO CAIR DA NOITE...












REFLEXÃO, AO CAIR DA NOITE...


TENHO-ME ANGUSTIADO COM AS IMAGENS DESSA NOVA FONTE DE TERRORISMO INTERNO QUE É O FOGO ATEADO NAS NOSSAS MATAS. CRIMINOSO, NA MAIORIA DAS VEZES, SEGUNDO AFIRMAM OS ENTENDIDOS (E NÓS SABEMOS ISSO TÃO BEM!), TEM ARRASADO AS FORÇAS E AS VIDAS DOS NOSSOS BOMBEIROS , COMO UMA PRAGA QUE SOBRE NÓS SE ABATE, QUAL APOCALIPSE, SEM QUE HAJA UM PRESIDENTE OU UM primeiro-ministro QUE LHES DIRIJA UMA PALAVRA DE AGRADECIMENTO!O ministro da tutela DIZ QUE ELES TÊM TODOS OS MEIOS AO SEU ALCANCE PARA COMBATER ESTA TRAGÉDIA. O POVO, IN LOCO, SABE QUE NÃO E AFIRMA-O , ALTO E BOM TOM, NOS PROGRAMAS DE TELEVISÃO , EM DIRECTO. O PÂNICO ESPALHA-SE , POIS NÃO HÁ FORÇAS QUE COMBATAM ESTA DESGRAÇA, A QUE VIMOS SENDO CONDENADOS, DE HÁ ANOS A ESTA PARTE.BENS DESTRUÍDOS, GENTE QUE FICA SEM RECURSOS DE QUE VIVIA, GENTE DESALOJADA, GENTE POBRE CADA VEZ MAIS POBRE E SÓ. METE DÓ O QUE SE ESTÁ A PASSAR! BOMBEIROS, VERDADEIROS "SOLDADOS DA PAZ", ANJOS QUE ESTÃO AO LADO DAS POPULAÇÕES E A SEU LADO MORREM, DANDO A VIDA PELA VIDA DOS MAIS DESPROTEGIDOS.

PERGUNTO: Va EXa SR. PRESIDENTE, NÃO TEM UMA PALAVRA PARA AGRADECER A ESTES HOMENS, QUE AMAMOS?
CUSTA-LHE MUITO SAIR DAS SUAS CADEIRAS DOURADAS E VIR A PÚBLICO AGRACIAR OS NOSSOS BOMBEIROS, QUE ESTÃO A CAIR NO CUMPRIMENTO DE UM ACTO DE CIVISMO E SOLIDARIEDADE QUE TOCA "AS RAIAS" DO SOBRE-HUMANO?

CONFIO QUE , NO PRÓXIMO 10 DE JUNHO, DIA DESTE PORTUGAL QUE SOFRE E CHORA A MORTE DESTES FILHOS, Va EXa TENHA TODAS AS CONDECORAÇÕES POSSÍVEIS E IMAGINÁRIAS PARA LHES AGRADECER...

Maria Elisa Ribeiro

Poema: AU CLAIR DE LUNE (REP)







POEMA(REP): AU CLAIR DE LUNE



“AU CLAIR DE LUNE”


Naquela rua, ao luar do PAÍS dos sonhos,
cobri teus lábios, ao sentir que dos meus
se aproximavam, ternos, indecisos, um nada tímidos…

MOMENTO DE MAGIA!
(No céu , a vida sorria…)

“Au clair de lune”,
tocavam os sinos ,na capital do AMOR…
PARIS…em todo o fulgor!
Sons ancestrais que a Alma não esquece
na perene beleza da nossa Saudade…

Luzes multicolores…néons da capital…
barcos deslizando ao ritmo lento
do SENA,
entranharam-se no sangue desse beijo
de pureza, de amor e místico desejo!
E, na clareza dos sentimentos calados,
…longe do MUNDO , pertinho de TI…
…despertaram o olhar de MULHER que havia em MIM,
olhando a doçura do teu olhar …a respirar de NÓS…

Impossível fugir à magia da noite
à beira do rio, onde embarcam sonhos de beleza extrema!
Levados pelas águas da felicidade serena
encontrámos, nos antípodas do nosso mundo,
os TEMPOS DO TEMPO em que nos conhecemos…

Tuas mãos incrédulas
tremeram…EU senti, AMOR…Não digas que não…
Então, dei-te outro beijo…atrevido!

Agora,
decidido,
arrojado,
pegaste em minha face
brilhante,
confusa na alucinante vontade da entrega!

Noite de AGOSTO…
Sabor a estrelas oscilando,
contentes, cintilantes,
ao dar-nos uma quota de AMOR…

Noite de magia, linda,
que recordo ,sempre e ainda…
Fogo de artifício
explodia, caindo nas águas
do majestoso rio,
a festejar a nossa etapa de Alegria,
servindo de berço ao amor que nascia…


Pirilampos luminosos
giravam-nos em torno,
sequiosos do nosso abandono…
A relva dessa noite fresquinha
está lá…junto ao largo rio…
…pronta a testemunhar a verdade desse Amor…
Que eu vivi…contigo, nesse dia!…

VOLTAMOS, AMOR?
CANTAREMOS “AU CLAIR DE LUNE!”…
NOUTRO DIA DE MAGIA…

C8H-14/75- AGT/010

Maria Elisa Rodrigues Ribeiro

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

A escrita de António Lobo Antunes








O pensamento de António Lobo Antunes (1942- )

in estantedelivros.blogspot.pt


..."O escrever de António é como o escrever do pensamento na memória. O que pensamos é por vezes apenas o que persistiu, deitamos fora os sorrisos, ficam asdores, as moinhas que persistem como o joelho de Simone ou Alice, o joelho que não para de doer, que incha como as dores da alma.
É assim o escrever de António, um escrever que nos faz sentir as dores de todas as Cristinas e chorar a alma de todas as Simones. É assim um livro inteiro sem um sorriso, a não ser talvez o sorriso interesseiro do avô de Simone, “anda cá rapariga”, o avô de Alice (então Alice, está claro) que não vê, não enxerga e então vê Alice tacteando, as pontas dos dedos no corpo de Alice, como os aguilhões de todas as guerras cravados nas almas.
Um livro sofrido, escrito a sangue que se lê sem lágrimas mas também sem conforto a não ser o do prazer imenso de passear na tristeza e na arte infinita de António Lobo Antunes.
A meu ver um dos melhores livros de ALA, este, o último até ao próximo. Um livro onde, mais uma vez, não se pode procurar uma estoria porque os livros de ALA são viagens, não são contos nem narrativas. Viagens interiores, passeios pelas dores da vida e, muitas vezes, murros brutais na alma de quem lê. Murros que se encaixam talvez com prazer masoquista mas sem dúvida com prazer de saborear esta poesia da dor como ninguém mais é capaz de a escrever." Foto NET

terça-feira, 20 de agosto de 2013

O PENSAMENTO DO POETA EUGÉNIO de ANDRADE






O Pensamento de Eugénio de Andrade (1923-2005):

"Em Louvor das Crianças

Se há na terra um reino que nos seja familiar e ao mesmo tempo estranho, fechado nos seus limites e simultaneamente sem fronteiras, esse reino é o da infância. A esse país inocente, donde se é expulso sempre demasiado cedo, apenas se regressa em momentos privilegiados — a tais regressos se chama, às vezes, poesia. Essa espécie de terra mítica é habitada por seres de uma tão grande formosura que os anjos tiveram neles o seu modelo, e foi às crianças, como todos sabem pelos evangelhos, que foi prometido o Paraíso.
A sedução das crianças provém, antes de mais, da sua proximidade com os animais — a sua relação com o mundo não é a da utilidade, mas a do prazer. Elas não conhecem ainda os dois grandes inimigos da alma, que são, como disse Saint-Exupéry, o dinheiro e a vaidade. Estas frágeis criaturas, as únicas desde a origem destinadas à imortalidade, são também as mais vulneráveis — elas têm o peito aberto às maravilhas do mundo, mas estão sem defesa para a bestialidade humana que, apesar de tanta tecnologia de ponta, não diminui nem se extingue.
O sofrimento de uma criança é de uma ordem tão monstruosa que, frequentemente, é usado como argumento para a negação da bondade divina. Não, não há salvação para quem faça sofrer uma criança, que isto se grave indelevelmente nos vossos espíritos. O simples facto de consentirmos que milhões e milhões de crianças padeçam fome, e reguem com as suas lágrimas a terra onde terão ainda de lutar um dia pela justiça e pela liberdade, prova bem que não somos filhos de Deus."

Eugénio de Andrade, in 'Rosto Precário'-In O Citador(NET)





POEMA: PEDRA DURA...(REP)




Que pedra tão dura sou!

Venho do ventre da terra.
Caí num mundo de guerra...
...ferocidade...mentira...
...que IRA!
Continuo a rolar,pois ainda não estou lisa...
Muito trabalho é preciso!
Meu deus e Senhor do MUNDO!
...é um trabalho feroz...cansativo e profundo...

Sinto que NÃO SEREI...nunca!

Difícil de percorrer estrada montanha acima...
O que me leva ao calvário?
Por que me massacro neste exercício diário?

Por que não sou SÓ criança?
Seria bela a inocência, dessa infância que perdi...
Rosa vermelha na mão? Picar-me-iam espinhos!
Seria bom senti-los...ter uma Prova de Vida...

MEU ESPAÇO DOLORIDO perdido naquele Tempo!

Construí, lentamente, meu Templo...Corpo integral...

De brutas pedras, fiz mármores...
De flores secas, fiz vales
De areias, fiz meus mares,
De ondas teci meus ares...
De acácias fiz as coroas
com que enfeito minhas dores...

Passeio, sem me encontrar,perdida no meio deles...
E chegará o momento do (relativo)Aperfeiçoamento?

Confio na Luz da VIDA,
que me é tão querida!

Já não sou tão pedra bruta...
Já me burilei um pouco!


maria elisa - C8H-MST-(...)113AGT/o10

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

POEMA(inédito): ALFABETO de ILUSÕES







ALFABETO DE ILUSÕES


Quando o sol se cansa de brilhar
é hora de a noite acordar.
…e acorda, anoitecendo…
…e meus sonhos cavalgam pelos mistérios do  escurecer,
nos raios do luar.
-------------------------------------As brisas não têm força para fechar a porta onírica
-------------------------------------onde as flores se transformam em delícias-do-absurdo…
-----------------------------------…onde as neblinas se afastam dos montes
------------------------------------com passos de veludo, e se encerram nas águas do mar
-----------------------------------que se esforça por descansar,
-----------------------------------quando as sereias assomam à crista das ondas plácidas
------------------------------------para sorver o devanear.

Invento, nesse momento, um alfabeto de ilusões,


que disperso nas nuvens-a-voar                                           ao encontro do próximo

sol, a nascer!




Navegante no sonho de me encontrar,

crio versos-universos                             caravelas de letras a vogar


                                nas ondas do pensamento-mar! 
    

Meu sono gela
ao passar pela infância-------------------o Outrora do meu Agora!  


Mas as palavras, complacentes, devolvem-me ao ar dos campos
e ao restolhar da vida da floresta,
                                                            onde o sol se apresta a clarear.


Acordo na minha cama-alfabeto com o doce cheiro
do verde brilhante das sílabas dos campos,
onde rubras papoilas se agarram ao trigo loiro
no aroma de frutos maduros, macios como uma infância
escondida em mística redoma… 

E no ar soa uma onírica lira…
Oiço-a num lençol de espuma lexical
onde grito ao vento a minha ira
feita de mágoa,
num verso de dor-amor-vida!


Maria Elisa Rodrigues Ribeiro


Marilisa Ribeiro-Nov/012-CP 15(VDS)-REG-123QP  



sábado, 17 de agosto de 2013

passos coelho VOLTA A "AMEAÇAR" O TRIBUNAL CONSTITUCIONAL E, DESTA VEZ, COM RECADOS PARA O PRESIDENTE DA REPÚBLICA...






JÁ É HABITUAL A FALTA DE VERGONHA DE passos coelho, NO QUE SE RELACIONA COM A AUTORIDADE CÍVICA E ÉTICO/JUDICIAL DO TRIBUNAL CONSTITUCIONAL! A SUA PREPOTÊNCIA E SEUS TIQUES ANTI DEMOCRÁTICOS JÁ SÃO "FOSSA QUE TRESANDA".ESTE "AVISAR" CONSTANTE , QUANDO O TRIBUNAL DA DEMOCRACIA PODE ESTAR PARA SER CHAMADO A CUMPRIR A SUA MISSÃO, ESTE TIPO EXECRANDO DE AMEAÇA ÀS INSTÂNCIAS DEMOCRÁTICAS, É SINAL DE AUSÊNCIA DE PRINCÍPIOS ÉTICOS E, PIOR QUE TUDO!-DEMOCRÁTICOS! QUER O homem VOLTAR A ROUBAR NAS PENSÕES DOS REFORMADOS, APOSENTADOS E IDOSOS, EM GERAL!
ANTEONTEM, LI, NO JORNAL "PÚBLICO", UM ARTIGO DE OPINIÃO SOBRE "A CRISE E O FUTURO DE PORTUGAL", DA AUTORIA DE José Manuel Neto Simões. PENSO QUE PODE ESTAR ON-LINE. INSERIDO NESTE ARTIGO, NÃO SEI SE DO MESMO AUTOR, ESTÁ UM OUTRO ARTIGO QUE DIZ:"A taxa de pobreza é de 18%. Mas sem a protecção(REDUZIDÍSSIMA, digo eu!)da Segurança social subia para os 45,4%....o estado social não pode ser desmantelado. As reformas não são despesa pública. São retribuição daquilo que se pagou, (ao longo de uma vida). NA ALEMANHA SÃO CONSIDERADAS PROPRIEDADE INTOCÁVEL. ESPÉCIE "DE SEGURO DE VELHICE"...

COMO PODE o tipo anti povo (passos) NÃO SEGUIR ESTA REGRA DO PAÍS A QUEM ele LAMBE AS PATAS??????ASQUEROSO TIPO QUE ODEIA O SEU POVO!!!!!!!!!!!!!